domingo, 6 de janeiro de 2013

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE SAÚDE EM CARAGUATATUBA

A estrutura da saúde pública, em todas as regiões do Brasil, recebe severas críticas por conta do atendimento insatisfatório. É a falta de médicos, são as filas intermináveis, consultas com especialistas de difícil acesso, exames demorados, retornos de consultas demorados, cirurgias não emergentes complicadas, pra não se falar em outras situações também graves como mortalidade infantil descontrolada, partos mal executados.
As gestões públicos da saúde, são geralmente, confiadas a agentes políticos que lá são colocados muito mais para praticar favorecimentos e esconderem as mazelas do que pra resolverem os problemas das pessoas que pagam impostos e não recebem de volta os serviços na qualidade e quantidade minimamente esperados.
Em Caraguatatuba, o atual prefeito, que já administra a sua quarta eleição, conseguiu o recorde de pelo menos oito secretários de saúde em um período de quatro anos, entre 2009 e 2012, sendo a maioria deles sem qualquer conhecimento de gestão pública. A secretaria de saúde, juntamente com as de educação e fazenda, são setores altamente especializados no trato da coisa púbica que exigem conhecimentos que capacitam o gerenciamento de verbas de diversas origens, sejam elas estaduais, federais ou municipais, com projetos e programas específicos. É a saúde da família, o programa RAS- Rede de Atenção à Saúde, com programas específicos destinados às drogas, idoso, câncer da mulher, ou na educação como o Bolsa Família, Merenda escolar, e outros. Não dá pra admitir a ideia de que as mudanças de secretário a cada seis meses possam permitir confiabilidade ao gerenciamento. Em Caraguatatuba, isso vem acontecendo numa gestão desprovida de quaisquer critérios técnicos cujos resultados vêm sendo uma verdadeira “caça às bruxas” que torna a todos os ocupantes desses cargos verdadeiros fracassos. Em quatro anos, foram mais de sessenta secretários nas diversas áreas de um governo que dizia estar voltando com uma equipe técnica de alta capacidade para dar uma “choque de gestão” no governo municipal. O “slogan” de campanha era “volta que eu voto”. O povo votou.
Na saúde, a culpa pelos maus resultados tem sido atribuída ao único hospital da cidade que atende a todos os casos de pronto atendimento e pronto socorro e já faz isso há cerca de 60 anos, tendo surgido quando a cidade tinha 20 mil habitantes até hoje com mais de 100 mil. A cidade continua se valendo somente do Hospital Stela Maris que tem inúmeros defeitos, mas não é pior do que oque se vê na TV em cidades importantes do Brasil.
A saúde não é prioridade e basta ver que a prefeitura gasta mais em obras de engenharia do que na saúde do seu povo. Por falar em obras, o secretário de obras é um dos poucos que estão desde o primeiro dia de governo na mesma pasta. Não seria o caso de transferí-lo para a saúde?
Se acidade já teve oito secretários de saúde e todos saíram queimados, não seria o caso de entregar aquela secretaria ao próprio prefeito? Quem sabe ele aplicaria lá o tal do “choque de gestão” tão prometido e ainda não visto.
Quem sabe não teria sido melhor termos tido oito prefeitos em em quatro anos em busca da eficiência?

Nenhum comentário: