Encontrei um dos meus amigos, daqueles que frequentam a praça do centro de Caraguá, e ele estava com uma muleta. Indaguei sobre o fato, e ouvi de volta a narrativa mais significativa sobre a saga de quem vive sob o comando deste governo desumano de Caraguá. Ele sofreu uma queda quebrou a cabeça do fêmur. Foi levado ao pronto socorro do prefeito, aquele que não funciona a contento e lá disseram que o levariam para Taubaté, no Hospital Regional. Como tinha convênio da Marinha do Brasil, onde trabalho até se aposentar, ele pediu para ser transferido para o Hospital da Beneficiência Portuguesa em São Paulo. Cerca de duas horas depois, a ambulância da Beneficência encostou na UPA, e ele foi levado para São Paulo. Lá, ao chegar já estavam preparados para operá-lo imediatamente. Precisava ficar por lá durante oito dias para ser observado por raio X, já que recebera uma prótese de osso humano desidratado e os médicos precisavam acompanhar a cirurgia durante os oito dias seguintes.
Alugou um pequeno apartamento perto do hospital pelos oito dias, e uma enfermeira fez os curativos, claro que recebia pelo trabalho fora do hospital. Teve alta e ao deixar o hospital, uma ambulância o aguardava na porta para transportá-lo até Caraguá. Me disse que se sentiu como um verdadeiro ser humano. Essa é pra se pensar. Quatro dias na upa com o fêmur quebrado, só em Caraguá mesmo. Nessas alturas, quem não tem um bom convênio pode ficar sem perna fácil, fácil.
Se tivesse sido atendido na Santa Casa pelo Dr. Ibrahin, teria ficado bom da perna e do bolso...Mas o Prefeito não aprovaria!
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