O principal ponto da resolução
do Conselho Nacional de Psicologia, aprovada pelo plenário do seu conselho
federal, e que vem dando grande discussão pública, é o que vai descrito abaixo;
Art. 3º - Os psicólogos não
exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou
práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar
homossexuais para tratamentos não solicitados.
Parágrafo único – Os
psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e
cura das homossexualidades.
O deputado federal João
Campos PSDB de Goiás, apresentou projeto de decreto legislativo que revogava, parte
da resolução do CNP, exatamente na parte que impede os psicólogos de
participarem de eventos que busquem a cura gay. Entende o deputado, autor da
proposição que o conselho extrapolou as suas atribuições ao restringir a
atividade profissional ao impedir que psicólogos pratiquem atos que visem a
cura de homossexuais, o que foi considerado absurdo já que a liberdade profissional é fundamental desde
que respeite os limites da ética.
A matéria acabou retirada da
câmara pelo seu autor, diante de tantos problemas que viraram debate a nível nacional.
Por trás desse debate, está
um pano de fundo que ressalta o interesse de igrejas evangélicas. Os psicólogos
das igrejas foram os mais atingidos pela resolução já que tiveram de
interromper as manifestações publicas sobe a matéria e foram ainda, proibidos
de oferecer o serviço através as atividades religiosas. O principal defensor da
derrubada desse projeto é o deputado Marco Feliciano, pastor evangélico atual
presidente da comissão de direitos humanos da câmara dos deputados.
O fato é que as igrejas
evangélicas tinham nessa fatia de mercado um bom argumento para apimentar os
seus cultos com pregações anti-gays.
Derrubar os parágrafos da
resolução significa ampliar o mercado de pregações com a ideia de cura do
homossexualismo. Ao que se avista isso é uma questão mais complicada do que se
imagina. Curar gay como, se homossexualismo não é doença?
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