Quem praticou política no Brasil nos anos 60 e 70, tinha pelos políticos Mário Covas, Franco Montoro e Ulisses Guimarães, uma grande estima, tendo em vista as suas histórias na resistência contra a ditadura.
O Brasil venceu aquele período sombrio de perseguições e torturas, elegeu novos mandatários e o Mário virou governador de São Paulo, numa esperança de moralidade e de retorno ao regime democrático abalado pelo sistema militarizado.
Levou para o seu gabinete políticos importantes do Vale do Paraíba como Robson Marinho, Geraldo Alckmin, e outros.
Recentemente veio à tona o escândalo das compras superfaturadas de trens para o metrô paulista de empresas internacionais, incluindo a Siemens, da Alemanha, acusadas de pagarem propina para membros do gabinete do governo Covas.
Há algumas semanas a imprensa publicou denúncias contra o Robson Marinho, atual conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo, e agora a justiça acaba de abrir o sigilo das contas bancárias de outros membros do governo, incluindo o nome de Sabino Delicato que era à época superintendente da SABESP em São José, e depois foi guindado pelo Robson, a cargos mais influentes no governo tucano do estado de São Paulo.
As denúncias dão conta de que houve depósitos de altos valores não declarados em contas que estão sendo agora objeto de investigação.
Em sendo confirmadas essas denúncias, fica mais difícil o povo acreditar na seriedade de políticos, porque o Mário Covas foi sempre uma referência em matéria de seriedade, coroada com o seu discurso na câmara federal que afrontava a ditadura e, ele, poderá ter a sua imagem arranhada, sem que posse sequer se defender. Está morto.
O Datena fala todos os dias, na TV, que as leis brasileiras precisam ser modificadas para permitirem a pena de morte aos bandidos e assaltantes, argumento hipócrita. Certo seria a pena de morte para políticos que enriquecem no poder em detrimento da população que paga impostos para serem roubados e de serviços de má qualidade, compras superfaturadas, dinheiro desviado em forma de contratos safados, devendo ser executados juntamente seus comparsas donos de empresas sem escrúpulo e sem moral, que têm coragem de pagar propina aos piratas do poder. Todos eles causam danos mais graves à toda a coletividade que paga impostos e não recebe o que lhe é de direito porque o dinheiro é desviado de forma criminosa. Melhor é imaginar que tudo isso seja mentira e que o governo Covas, depois do Geraldo, sejam inocentes.
A pergunta que se faz é a mesma, que fazia o PSDB em relação ao governo Lula: "Será que o Covas sabia?", "Será que o Geraldo sabia?"
Está dado o troco que Deus sempre se lembra de providenciar fazendo do veneno dos políticos o mesmo veneno que vai matar o adversário. É a natureza se vingando dos mentirosos que arranham e escondem as unhas.
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