Dizem as autoridades que no Brasil as instituições estão funcionando bem e que por isso o país não corre riscos de conflito de atribuições. Isso não é verdade. A prova é que quando o governo era do PT a presidente não podia nomear ministros livremente, foi o caso do Lula, mas o atual presidente pode, e fez uso abusivo dessa prerrogativa, com Moreira Franco, que mesmo não sendo ministro tem foro privilegiado para se livrar da Lavajato. Derrubaram a presidente Dilma, não vou defender se certo ou errado, porque ela teria praticado a tal pedalada fiscal que foi considerada crime pelos deputados capitaneados pelo atual presidiário Cunha que era o presidente da câmara federal, e agora o Temer é acusado de coisas muito mais graves e não está recebendo o mesmo tratamento da Dilma.
A câmara faz o jogo do presidente em razão das trocas de interesses, o senado é a mesma história e nem quer deixar de pagar salários e vantagens ao Aécio que foi afastado pela justiça está com a irmã presa e segue recebendo todas as vantagens do cargo de senador e segue com o nome no painel de votação como se nada houvesse. Vê-se que a ordem do Supremo Tribunal está sendo ignorada a mostrar que um poder não respeita o outro. Quem não trabalha não pode receber salários porque o salário é a contrapartida da prestação de serviço, e se não há serviço não há salário.
Assim, vê-se que não há três poderes no Brasil, mas um só junto e misturado e todo mundo fazendo de conta quer é sério e que cumpre com o seu dever.
O último exemplo de subserviência o dinheiro sujo é o Gilmar Mendes que aparece em matéria de hoje na Folha de São Paulo como beneficiário do grupo JBS que financia o seu instituto de direito com altas verbas e por isso julga do jeito que quer, mesmo contra a lei.
No Brasil as instituições não são independentes e harmônicas como diz a constituição, mas subservientes e interessadas em vantagens que possam advir dos cofres públicos que o presidente administra.
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