quarta-feira, 6 de maio de 2009

SOBRE O ENEM

Ouvimos as professoras Sandra e Ludmila, em entrevista e foi grande a nossa surpresa ao tomarmos conhecimento do atual estágio em que se encontra a formatação da metodologia de ensino na rede pública. Em 2007 foi adotado um programa escolar padrão que estabelece a uniformização do conteúdo mínimo.
Fica a cada escola a liberdade de empregar meios adequados para que a aprendizagem seja obtida. Os professores têm também a liberdade de escolha dos seus métodos, desde que obedecido o programam mínimo. Pode acrescer, mas não pode restringir o programa.
Existe a figura dos coordenadores que nas suas respectivas escolas cuidam de orientar e acompanhar os resultados obtidos.
Segundo as professoras, o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, foi uma providência interessante porque acabou obrigando as escolas, a prestarem mais atenção nos seus próprios resultados práticos, já que nenhuma quer ser a última colocada.
Os alunos que participam do ENEM recebem, conforme as suas notas no provão controlado pelo MEC, vantagens em pontuação para ingressarem nas universidades sem pagar mensalidades.
Nos disseram que a forma de acesso ao exame é absolutamente democrática, já que o aluno adere espontaneamente a sua inscrição na prova.
O melhor resultado neste ano, entre as quatro cidades do Litoral Norte ficou com Caraguatatuba, e a escola pública de melhor resultado foi a escola Alcides de Castro Galvão, situada no Bairro do Sumaré, logo atrás do fórum da cidade. Em segundo lugar ficou a Colônia dos Pescadores que sempre aparecia no primeiro.
Ambas as professoras acreditam que no próximo ano os resultados de Caraguá poderão ser melhores tendo em vista a melhora da auto-estima dos alunos e dos professores.
A finalidade do nosso trabalho era a de esclarecer as pessoas sobre a importância do ENEM que é uma forma de estabelecer igualdades de condições entre pessoas que estudam em escolas pagas e as pessoas que estudam na rede pública.
Parece ser também unanimidade a idéia de que o exame produz igualdade em um campo que até pouco tempo era absolutamente desigual. Ricos que podiam fazer cursinhos caros tinham vantagem disparada na luta pelas vagas de escolas gratuitas.
As professoras que nos atenderam, Ludmila e Sandra nos parecem duas loucas pelo ensino que nem os corintianos pelo Corinthians. Parabéns a elas e a Diretoria de ensino.
Estamos torcendo para que a escola pública seja melhor do que as escolas privadas. Por ora as particulares ainda ganham, mas a diferença está diminuindo.
A entrevista foi feita pelo João Lúcio acompanhado do Ormeu, ambos dirigentes da ONG Olho Vivo.