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29/07/2009 - 13h30
Lula sanciona lei que regulamenta a profissão de motoboy
Piero LocatelliDo UOL NotíciasEm Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (29) projeto que regulamenta as profissões de motoboy e mototaxista no país. A informação foi confirmada pelo ministro das Cidades Márcio Fortes, que se reuniu com Lula nesta manhã.
Segundo dados da Fenamoto (Federação dos mototaxistas e motofretistas do Brasil), a nova lei vai regular a atividade de 2 milhões e meio de profissionais no país. Com o reconhecimento da profissão, a categoria espera ter acesso a financiamentos e poder aderir à previdência com mais facilmente."O projeto vai dar dignidade à categoria. O profissional chegava no INSS e não tinha código, a profissão não existia e não tinha o que fazer. Agora isso vai mudar", conta Robson Alves Paulino, presidente da Fenamoto (Federação dos mototaxistas e motofretistas do Brasil). Antes da aprovação da lei, era comum eles serem contratados como prestadores de outros serviços em empresas de frete.A lei modifica o Código de Transito Brasileiro de 1997. O texto original do código não prevê nenhuma das profissões dos motociclistas.O projeto da nova lei foi apresentado em 2001 pelo então senador Mauro Miranda (PMDB-GO). Foi aprovado pelo Congresso Nacional oito anos depois, em 8 de julho.O lugar onde o projeto passou mais tempo foi a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, onde esteve parado quase quatro anos.O deputado Zé Geraldo (PT-PA), presidente da Frente Parlamentar pela regulamentação da profissão de Mototaxista e Motoboy, atribui a demora na aprovação ao lobby de empresas de ônibus e frete. Soma-se ainda o desconhecimento e o preconceito da maioria dos deputados com a matéria.Projeto traz normas de segurançaCom o reconhecimento da profissão, os trabalhadores sobre duas rodas terão de ser mais precavidos. Será obrigatório o uso de coletes com refletores.No caso dos motoboys, será necessária a instalação de equipamentos de segurança ("mata-cachorros" e antenas corta-pipas). Eles serão fiscalizados pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).Caberá aos Estados e municípios autorizarem e regularem as profissões. Isso poderá ser feito a partir de órgãos, como o Detran e o Contran, ou de leis municipais e estaduais.As administrações locais deverão decidir se a atuação dos profissionais estará autorizada em cada localidade. Os municípios e Estados que permitirem o trabalho dos motociclistas terão de seguir as normas da lei nacional e poderão regular outras questões -como quantos turnos eles estarão autorizados a trabalhar ou se haverá um limite de registros de motoqueiros na cidade.Para evitar que cidades proíbam a atuação dos motoboys e mototaxistas, a Fenamoto tem estimulado os trabalhadores locais a pressionar os vereadores das suas cidades para a criação de leis municipais sobre a profissão.
3 comentários:
Agora que tem profissão, será que eles vão respeitar as normas do trânsito?
Fazem o que quer e não são autuados porque?
Porque somente os donos de veículos são obrigados a estar com tudo certo e os motoqueiros ficam à vontade, fazendo o que bem entendem?
Tá difícil
São bons doadores de órgãos: morrem jovens e saudáveis.
Alguém poderia, por gentileza, avisar ao pessoal da coleta, da Unimed de Caraguá, que não é recomendável, em plena pandemia suína, cumprimentar os pacientes com aperto de mão? Responsabilidade é mais importante que simpatia. Nem um frasco de álcool em gel eles têm lá. Luvas só são usadas se pedirmos. Sem falar no atraso para o início do atendimento que deveria ser às sete horas. Profissionalismo, só na hora de cobrar. E caro.
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