terça-feira, 18 de janeiro de 2011

BLOG TAMBÉM É CULTURA - OBRIGADO AO LEITOR

VAMOS USAR A PALAVRA CORRETAMENTE,
PRESIDENTE!



Por José Bones
Tenho notado, assim como aqueles mais atentos também devem tê-lo feito, que a candidata Dilma Roussef e seus apoiadores, pretendem que ela venha a ser a primeira presidenta do Brasil, tal como atesta toda a propaganda política veiculada pelo PT na mídia.

Presidenta? Mas, afinal, que palavra é essa?
Bem, vejamos:
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...
Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do gênero, masculino ou feminino. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".


Um exemplo (negativo) seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta. "
18/1/11 10:49 AM



Anônimo Anônimo disse...

Curioso. Em Senhora, de Jose de Alencar encontramos a palavra pacienta. Em Dom Casmurro temos a palavra parenta.

Isso sem contar serventa e governanta que sao bem populares entre escritores do comeco do seculo XX.
18/1/11 12:46 PM
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Anônimo Anônimo disse...

Por Sérgio Nogueira

Tanto faz. As duas formas, linguisticamente, são corretas e plenamente aceitáveis.

A forma PRESIDENTA segue a tendência natural de criarmos a forma feminina com o uso da desinência “a”: menino e menina, árbitro e árbitra, brasileiro e brasileira, elefante e elefanta, pintor e pintora, espanhol e espanhola, português e portuguesa.

Na língua portuguesa, temos também a opção da forma comum aos dois gêneros: o artista e a artista, o jornalista e a jornalista, o atleta e a atleta, o jovem e a jovem, o estudante e a estudante, o gerente e a gerente, o tenente e a tenente.

Há palavras que aceitam as duas possibilidades: o chefe e A CHEFE ou o chefe e A CHEFA; o parente e A PARENTE ou o parente e A PARENTA; o presidente e A PRESIDENTE ou o presidente e A PRESIDENTA…

O problema deixa, portanto, de ser uma dúvida simplista de certo ou errado, e passa a ser uma questão de preferência ou de padronização. No Brasil, é fácil constatar a preferência pela forma comum aos dois gêneros: a parente, a chefe e a presidente. É bom lembrar que a acadêmica Nélida Piñon, quando eleita, sempre se apresentou como a primeira PRESIDENTE da Academia Brasileira de Letras. Patrícia Amorim, desde sua eleição, sempre foi tratada como a presidente do Flamengo.

É interessante observar também que formas como CHEFA e PARENTA ganharam no português do Brasil uma carga pejorativa.

É possível, porém, que a nossa Dilma prefira ser chamada de PRESIDENTA seguindo nossa vizinha Cristina, que gosta de chamada na Argentina de LA PRESIDENTA.

Hoje ou amanhã teremos uma resposta definitiva. Espero.

Extraído de
http://g1.globo.com/platb/portugues/2010/11/01/a-presidente-ou-presidenta/
18/1/11 2:31 PM

3 comentários:

Anônimo disse...

Curioso. Em Senhora, de Jose de Alencar encontramos a palavra pacienta. Em Dom Casmurro temos a palavra parenta.

Isso sem contar serventa e governanta que sao bem populares entre escritores do comeco do seculo XX.

Anônimo disse...

Por Sérgio Nogueira

Tanto faz. As duas formas, linguisticamente, são corretas e plenamente aceitáveis.

A forma PRESIDENTA segue a tendência natural de criarmos a forma feminina com o uso da desinência “a”: menino e menina, árbitro e árbitra, brasileiro e brasileira, elefante e elefanta, pintor e pintora, espanhol e espanhola, português e portuguesa.

Na língua portuguesa, temos também a opção da forma comum aos dois gêneros: o artista e a artista, o jornalista e a jornalista, o atleta e a atleta, o jovem e a jovem, o estudante e a estudante, o gerente e a gerente, o tenente e a tenente.

Há palavras que aceitam as duas possibilidades: o chefe e A CHEFE ou o chefe e A CHEFA; o parente e A PARENTE ou o parente e A PARENTA; o presidente e A PRESIDENTE ou o presidente e A PRESIDENTA…

O problema deixa, portanto, de ser uma dúvida simplista de certo ou errado, e passa a ser uma questão de preferência ou de padronização. No Brasil, é fácil constatar a preferência pela forma comum aos dois gêneros: a parente, a chefe e a presidente. É bom lembrar que a acadêmica Nélida Piñon, quando eleita, sempre se apresentou como a primeira PRESIDENTE da Academia Brasileira de Letras. Patrícia Amorim, desde sua eleição, sempre foi tratada como a presidente do Flamengo.

É interessante observar também que formas como CHEFA e PARENTA ganharam no português do Brasil uma carga pejorativa.

É possível, porém, que a nossa Dilma prefira ser chamada de PRESIDENTA seguindo nossa vizinha Cristina, que gosta de chamada na Argentina de LA PRESIDENTA.

Hoje ou amanhã teremos uma resposta definitiva. Espero.

Extraído de
http://g1.globo.com/platb/portugues/2010/11/01/a-presidente-ou-presidenta/

Anônimo disse...

Vem do verbo presidir, quem preside é presidente.
Então é: O presidente e A presidente ( como no verbo residir, O residente e A residente).
Isso se aplica à norma culta, não estamos falando de linguagem popular. Acho que no caso de nos referirmos ao presidente de um país, devemos utilizar a norma culta.