DE UM LEITOR INTELECTUAL

Dias atrás, eu peguei por acaso o livro sobre o Chico Xavier de autoria do jornalista Saulo Gomes, abri numa página que versava sobre os conflitos humanos decorrentes da falta de tolerância e percebi que o Chico já falava a linguagem hoje muito comum que se refere a intolerância, em relação a raça, cor, religião, opção sexual, e outras formas de discriminação sem nenhum sentido. Os conflitos geralmente surgem de alguma falta da paciência que pudesse permitir uma avaliação mais adequada de situações cotidianas. Uns dizem que não gostam de pretos, outros não gostam de brancos, de gays, de crentes, de argentinos, e assim vão sendo cultivadas algumas diferenças que acabam em conflitos sociais. Os muçulmanos têm suas dificuldades de serem aceitos ou de aceitarem pessoas de outras crenças. Os evangélicos criticam e recusam as idéias dos católicos e vice-versa, e nos últimos tempos as agressões contra homossexuais se fazem comuns no dia-dia  de grandes cidades como São Paulo. Chico Xavier já previa essa "guerra" social em torno da falta de aceitação de umas pessoas em relação a outras pessoas só por serem diferentes. A palavra tolerância vai abranger enorme gama de fatores da evolução humana englobando desde a educação, até a evolução espiritual que elevam o homem a um patamar de maior grau de inteligência que lhe possa permitir valorizar somente o que deve ser valorizado, dando ênfase a temas mais importantes do que os defeitos ou as diferenças de pessoa para pessoa. 

Assim, o ser humano poderia desenvolver ao invés de intolerância, a solidariedade que deve fazer parte das relações sociais em todas as oportunidades. Sermos todos  iguais  e de preferência sem fronteiras de quaisquer natureza.

Em suma o Chico Xavier já era evoluído o suficiente para saber que o homen precisa se tolerar mais e se agredir menos. J. Bello