AUDIÊNCIA PÚBLICA EM CARAGUÁ – O PAU QUEBROU

Houve uma demonstração longa e cansativa do projeto elaborado pela prefeitura e o ponto que mais implica é a construção de prédios de até 29 andares na cidade. São 10 andares em locais próximos do mar e depois vai aumentando gradativamente até atingir 29 andares na região da fazenda Serra-Mar.

A arquiteta Ana Lidia da Agenda 21 fez uso da palavra e atacou a verticalização como sendo nociva. Foi aplaudida.

A arquiteta Denise Formagio atacou a falta de capacidade da SABESP para atender a demanda desses prédios e foi aplaudida.

A arquiteta Beatriz foi incisiva na questão da sombra na praia e apresentou um discurso com ótimo conteúdo e foi aplaudida.

O Arquiteto Alexandre Di Giaiamo que foi desmentido pelo Secretário Caesar Abud em um cálculo que havia feito ao afirmar que a proposta do prefeito seria para uma cidade de mais de um milhão de habitantes, ele mostrou matematicamente que seu cálculo estava correto e o Abud ficou meio assim. Foi aplaudido.

O Advogado Marcos Couto também da Agenda 21, foi enfático em discurso muito forte sobre técnicas jurídicas e demonstrou que a forma de condução da elaboração do plano descumpre a lei no que diz respeito a participação popular. E falou sobre a petição que foi encaminhada ao Ministério Público e que já é um Inquérito Civil Público que poderá ser transformado em processo.

Alguém levantou a dúvida do porque o plano fala em rodoviária, cemitério e até aeroporto, mas não fala em hospital. Foi mais um momento de saia justa da mesa.

No final o Campos Junior que nunca se viu tão nervoso, usou a tribuna para tecer sérias críticas ao fato de a Agenda 21 ter levado o caso para a promotoria. Estava indignado com a possibilidade de paralisação de tudo. Criticou abertamente a Ana Lídia que assinou o documento em enfática argumentação com sabor de mágoa. Ao terminar a Arquiteta Ana Lídia tentou usar o microfone para se defender das acusações e foi impedida pelos gritos do Campos Junior que mostrou, naquele momento, alto grau de desequilíbrio coisa nunca vista antes por se tratar de pessoa sempre pautada pela tranqüilidade, e assim foi que se desfechou o evento. Vai haver mais duas audiências públicas e parece que se não houver reconsiderações, o plano pode empacar de novo.

O João Lúcio usou i microfone, ja que o prefeito criticou o Blog, por ter publicado a sua ausência na primeira audiência, e falou que o Blog fez foi publicar a ausência e disse que sendo do prefeito a responsabilidade de apresentar o plano à câmara para votação, o certo seria ele se fazer presente e participar dos debates, como fez ontem em parte porque deveria ficar do princípio ao fim e não sair no meio da efervescência. Disse o João Lúcio que o mesmo vale para os vereadores que vão aprovar o plano em votação. Como é que poderão aprovar se nenhum deles se fez presente ao debate.

João levantou ainda a intrínseca verdade de que o plano não é apenas uma discussão técnica como disse o prefeito que não quer políticas no meio do assunto. Ora, ele mesmo disse alto e em bom som que é a favor da verticalização, e sendo isso uma decisão política sua já que não é técnico, porque que ele, o prefeito, pode ser a favor e os demais não podem ser contra? Só ele pode se posicionar politicamente, o resto não?

Ficou claro que a verticalização é a vontade do prefeito que mostra o desejo de ver a cidade cheia de prédios.

Fica registrado que o prefeito compareceu, fez bem, mas deveria dirigir os trabalhos e ficar até o final e não ficou, e fica claro que os vereadores não estão nem ai com esse papo de plano diretor. Nenhum deles foi lá.

Outra pessoas fizeram uso da palavra, mas os destaques são esses.