Quem circula pelas ruas do bairro Estrela Dalva em Caraguatatuba, pode encontrar com freqüência vários seres humanos jogados nas calçadas em plena luz do dia, que se reunem em grupos para comemorar o maldito vício do alcoolismo. São seres humanos, cada um com a sua história de evida, às vezes interessante, mas que não sonseguem conter a doença. Vidde o texto abaixo, extraido da internet:
"Embora ainda visto por muitos como um vício, o alcoolismo é uma doença.
Uma doença terrível e fatal, colocada pela Organização Mundial de Saúde como um flagelo imediatamente abaixo do câncer e dos distúrbios cardíacos, entre as causas mais freqüentes de óbitos em todo o globo terrestre.
Incurável, progressiva e de terminação fatal, leva a doença do alcoolismo se caracteriza por uma obsessão gradativa pela bebida que se instala lentamente na vítima até, nos últimos estágios, dominá-la inteiramente.
Apesar da imensa gravidade da doença, pouco ou nada se sabe sobre as suas causas. Os critérios para ser seu portador são aleatórios.
Cerca de 30% da humanidade, tem problemas provocados pelo álcool, contudo, uma em cada dez pessoas, jovens e velhos, brancos e negros, ateus e religiosos, intelectuais e analfabetos, pobres e ricos, homens ou mulheres desenvolvem plenamente a doença, causando, pelo seu comportamento imprevisível, desajustes, angústias, privações e sofrimentos à todos aqueles que os cercam.
Embora incurável e progressivo, o alcoolismo pode ser detido em sua marcha. Para isso, é necessário que o alcoólatra se abstenha total e permanentemente do álcool.
Simples paradas não bastam.
Uma vez alcoólatra, sempre alcoólatra.
Um portador da doença, mesmo abstêmio por anos, se tomar um único gole, inevitavelmente, em pouco tempo estará bebendo tanto ou mais do que antes de sua parada.
Essa abstinência constante, contudo não é fácil. Depois de anos de vida em função do álcool, a pessoa tem que aprender a viver sem ele. Sozinha, sua chance é mínima. Com Alcoólicos Anônimos, e outros grupos de apoio, suas chances aumentam consideravelmente."
Continuamos- As pessoas tidas como normais olham para os alcoólicos, sentem pena, mas não o suficiente para contribuir realmente com um possível tratamento porque na nossa cultura, o "bêbado" é figura normal em qualquer cenário. Toda comunidade tem o seu bêbado de estimação. Ele é gozado, canta, ri, chora, dança, cai, levanta e acaba sendo divertido.
O corpo está sendo dilacerado aos poucos até que aquele bêbado engraçado vira um esqueleto, de olhar mórbido e já enfraquecido perde a graça.
Entre os "bêbados” do Estrela Dalva tem um que há pouco tempo era jovem de pele clara e brilhante que de tanto se embriagar várias vezes durante o dia, está desgastado, e sua pele já nem tem mais cor.
No livro Chico Xavier, há uma pagina inteira dedicada à tolerância, capítulo interessante porque fala que as pessoas precisam praticar a tolerância porque na falta dela surgem os conflitos que acabam em agressões contra as minorias religiosas, de raças diferentes, de opção sexual menos comum e assim até as guerras.
Dizia o Chico Xavier que o homem precisa ser mais tolerante em relação às coisas que não lhe agradam.
Tudo bem, até que se tenha necessidade de colocar limites também na tolerância, porque se é verdade que Jesus ofereceu a outra face uma vez, não seria correto ofertá-la todos os dias.
A Secretaria de Promoção Social do Município deve ter conhecimento de que a OMS- Organização Mundial de Saúde, órgão da ONU, considera o alcoolismo como doença e as políticas sociais poderiam passar pelo mundo daqueles cidadãos que são seres humanos e jogados na rua por fraqueza moral deveriam ser objeto de um trabalho eficiente que lhes desse ao menos a possibilidade de vida digna. A sociedade não possui armas capazes de intervir individualmente em um problema que é social, portanto coletivo.
Na gestão do prefeito anterior houve algumas ações que mesmo discutíveis quanto aos métodos, ao menos mostrava a intenção de solidariedade na busca de minimizar o problema do homem de rua.
Um homem jogado na rua é um ser humano descartado da sociedade, mas se uma garrafa vazia pode ser reciclada porque não um ser humano?
Tolerância em excesso pode virar omissão.
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