Foi em 31 de março de 1964, fatídico dia em que o Brasil, este gigante das Américas dormiu ao som de tiros de canhões do exército no maior assalto a mão armada da nossa história. O brasileiro era livre para pensar e mais livre ainda para escolher o pensamento político ao qual se filiaria. Os movimentos sindicais que se desenvolviam desde o início do século 20 atingiam a sua maturidade nas décadas de 40 e 50 até serem sufocados em 1964 com a tomada do poder pela força bruta que matou, prendeu e expulsou do país todos que se atrevessem optar por algum pensamento diferente do que determinava o americanismo econômico, que quase faliu ano passado. Eles bancaram o extermínio dos pensamentos socialistas numa espécie de confronto com a Rússia, inimigo figadal da política americana do capitalismo puro. Até hoje a América do Sul ressente das dores em feridas que em alguns casos ainda não foram curadas. Os militares ocuparam o poder, endividaram o país junto ao FMI, dívida que só se conseguiu condições de pagamento depois de se restabelecer aqui uma democracia ainda em construção. O povo foi castrado, ninguém podia falar em política e os meios de comunicação passaram a transmitir, Chacrinha, Silvio Santos, Faustão, filmes de efeitos especiais, numa alusão ao banalismo superficial que aquietava as mentes e “emburrecia” a sociedade. Até hoje está difícil fazer com que o brasileiro volte a participar dos debates sobre temas públicos. Em Caraguá, agora, somente agora é que começou a aparecer o povo no debate do Plano Diretor, e quem sabe seja esse o começo de uma nova era em que o povo seja o personagem mais importante.
O dia 31 de março de 1964, nem é mais lembrado como dia histórico, para desencanto de algumas viúvas das trevas do poder militar, que tal qual o Kadaffi, fez uso das nossas armas contra nós mesmos e em defesa de interesses alienígenas de um capital maldito que sem dó nem piedade quer saber é dos lucros, mesmo que sacrificando almas. Para essas cabeças o que importa é a construção de riquezas de concreto em total ignorância sobre o social que deveria nortear os investimentos públicos. Qualquer comunista, apelido dado a quem pensasse no plano social, ou desejasse igualdade de condições de vida, diria " graças a Deus" que esse dia nem é mais lembrado por aqui.
A revolução de 31 de março de 1964, ou de primeiro de abril, tanto faz, está sendo apagada dos registros da história do Brasil e da memória do povo brasileiro. Aleluia!.. Amém Jesus!..
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