PROFESSORE MORALMENTE ASSEDIADOS

Foi um diálogo muito conturbado entre a professora e o advogado. Ela, há muitos anos no magistério, com formação específica e mais alguns cursos especiais, prestou concurso há muitos anos, época em que o professor era tido com uma autoridade moral que exercia missão nobre de educar e preparar as pessoas para a construção de um mundo melhor. Era o professor o segundo pai dos alunos que cuidava da parte que a família não dispunha de condições. O professor produzia cidadania e por isso era respeitado por todos e ocupava uma posição de destaque no podium da vida.

Os tempos mudaram e o professor tem sido a cada dia diminuído em todos os seus valores e tem descido degraus importantes na escala social. Salário baixo, escolas mal equipadas, nem sempre limpas, disciplina dos alunos sofrível, e auto-estima baixa tanto dos professores como dos alunos bem como dos familiares que fazem de conta que vai tudo bem. Resultado final é que o aluno não aprende o professor não ensina e o estado não paga justo valor pelos serviços. Para tentaR tapar o sol com a peneira em Caraguatatuba, foi implantado uma ESPÉCIE de terrorismo no sistema de ensino, onde alguns dirigentes de vocação política partidária deixam os educadores em situação delicada diante da clientela da escola. Qualquer reclamação de ALUNO é suficiente para a humilhação do mestre como se fosse sempre ele o responsável pelos problemas que os alunos mal-educados trazem para a escola. Muitos professores estão fora das salas de aula por conta de problemas de saúde gerados pela pressão psicológica que lhes são impostas pelo “sistema”. Quem quiser saber como funciona o massacre moral basta ler o livro 1984 de George Orwel, e comparar o papel do “Grande irmão” com o dos dirigentes da educação no município. Professores verdadeiramente doentes são postos em locais ermos, isolados para fazerem tarefas que são verdadeiros castigos.

Chega a ser desumano o tratamento que é dado a alguns professores, principalmente os que são readaptados que por razões de saúde não podem mais freqüentar a sala de aulas. Esses sofrem toda a forma de represália, principalmente se não forem adeptos das políticas dos partidos do poder. Há o caso de um professor da ativa que se negou a ministrar uma matéria que tinha cunho político com propaganda partidária embutida e foi advertido com veemência por uma diretora extremamente fiel ao poder central do "Grande Irmão".

Tais comportamentos perfazem o que se denomina de “assédio moral” e pode gerar diretos de defesa do trabalhador além de lhe permitir exigir indenizações por danos morais junto à justiça.

“E o que é assédio moral no trabalho?

É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.