O cidadão estuda, se prepara e passa no concurso para exercer uma função pública. Já em atividade, ele se imagina uma espécie de autoridade e se imagina respeitado como tal, até que chega à triste conclusão de que algum espertalhão quase sempre analfabeto, se elege prefeito e passa a lhe dar ordens de maneira amadoresca e em muitos casos desprovidas de moralidade.
O prefeito de uma cidade acha que por ter ganho os votos cuja qualidade em muitos casos é contaminada pela compra descarada e por outras formas de estelionato eleitoral, mas ele acha que pode tudo, até humilhar servidores de carreira concursados que vêm suas funções e cargos sendo surrupiados por vagabundos profissionais que não sabem fazer nada além de ficar nas esquinas falando bobagens e fazendo a politicagem ordinária dos factoides espetaculares que desviam o foco da realidade para seus reais intentos de roubar os cofres institucionais.
Pior é que há servidores públicos que comungam com essas farsas em troca de um “carguinho” de quinta, mesmo sabendo que na essência é tudo uma roubalheira. Não importa nada disso, porque a tese desses servidores sem escrúpulos que se deixam comprar por ninharias, é a mesma dos "Malufistas": "rouba mas faz". Claro que faz aumentar o analfabetismo, faz aumentar a mortalidade infantil, faz aumentar o desemprego, faz aumentar a violência e faz aumentar o descrédito popular.
O servidor público seria o principal fator de contenção dessas sangrias, mas não consegue dada a sua insignificância causada pelo massacre das ditaduras da corrupção.
No dia em que o servidor público resolver impedir a safadeza, ele será resgatado das garras das aves de rapina e passará a ter de novo o seu papel importante na sociedade. Vai ostentar um uniforme de servidor livre da vergonha de dizer que faz parte do que hoje existe.
Servidor público é muito mais importante do que tem sido, em grande parte, com todo o respeito aos que de fato têm conseguido não se deixar vender ou comprar por míseras comissões de cargos em troca de uma conivência lamentável.
O servidor público é como o elefante que se soubesse a força que tem seria o dono do circo.
2 comentários:
Infelizmente essa ultima frase não se aplica nessa cidade...
Parabéns pela matéria "Servidor Público Sufocado". É certo que parte não mereceria estar ali, mas a grande maioria, é honrada, trabalhadora e capaz. Gostei da analogia "O servidor público é como um elefante que se soubesse a força que tem seria o dono do circo". Eu ainda acrescentaria: e seria um circo muito feliz, com alegria e felicidade para todos, não só servidores públicos, para para toda a sociedade.
Ailton de Carvalho
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