O João Lúcio sempre defendeu o aumento de número de vereadores como sendo uma forma mais democrática de representação da sociedade no poder político. Olhando do ponto de vista de um cidadão comum que paga tributos e espera do estado os serviços a que tem direito, com boa qualidade e eficiência, vai se ver que os impostos estão a cada dia mais altos e os serviços menos eficientes e de pior qualidade. A saúde vai muito mal, a educação que deveria ensinar não ensina a ler nem a escrever, o transporte público é caro e de má qualidade, a limpeza pública anda mal, a segurança é uma lástima, as estradas só vão bem com pedágio quando o IPVA que é pago pelos donos de carros era para financiar estradas e assim os impostos, que deveriam financiar tudo isso acabam financiando obras de construção de prédios como sendo a grande obra dos governantes. Haja propina!...
Os vereadores ao invés de fiscalizarem essas atividades dos governantes do executivo acabam envolvidos em esquemas de favorecimentos, desde empregos até dinheiro. A diminuição do número de vereadores elitizou de tal modo as cadeiras “edílicas” que somente os grandes capitais conseguem eleger edis. O resultado final foi desastroso com câmaras inteiras atraídas pelas benesses do dinheiro que deveria servir para financiar o bem do povo e não o bem dos políticos. Os grupos se alinharam de tal modo que se faz necessária a abertura de vagas para os legítimos representantes de comunidades menos afortunadas. Agora, depois que todo mundo viu que o aumento do número de vereadores pode ser muito mais democrático estão todos defendendo o que o João Lúcio e o Blog vinham defendendo faz tempo. Vale a pena pensar sempre, mas pensar como coletividade. Não querem fazer um pronto atendimento médico 24 horas no Massaguaçu porque sai caro, mas vão construir um prédio novo para a prefeitura.
Não contratam médicos porque não querem aumentar o salário e assim mandam as pessoas para serem tratadas em outras cidades por ser mais barato e sobrar mais para construção de mais prédios.
Se os vereadores resolvessem pressionar essas escolhas de prioridades com apoio das comunidades, certamente o povo colaboraria e as decisões de governo seriam mais democraticamente definidas. Uma câmara maior será mais difícil de ser totalmente controlada como tem acontecido e uma voz, ainda que seja somente uma voz, pode ecoar. Lembram do Commans? Quem acha que não vale a pena lutar pode errar porque se hoje o atual prefeito de Caraguá encontra dificuldades para se candidatar de novo é graças ao Commans que foi o autor da denúncia ao Ministério Público da contratação da mulher de um sobrinho do prefeito sem concurso e isso rendeu uma condenação em colegiado que o torna inelegível se lei de ficha limpa realmente prevalecer.
Outros políticos locais que praticaram atos tidos como de improbidade podem ter dificuldades de se candidatar de novo. Falam até que um vereador de muitos votos está na lista dos inelegíveis por ter assumido a presidência da câmara em 2002, por 15 dias, ocasião em que foram praticados atos condenados pelo Tribunal de Contas. Câmara é órgão fiscalizador e não órgão auxiliar do executivo como dizia o Vereador Pardim à sua época. Vereador é fiscal e fiscal tem que fiscalizar se não estará praticando o crime da prevaricação. Por isso, quanto mais fiscais melhor.
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