sexta-feira, 28 de outubro de 2011

DESABAFO DE UM EMPRESÁRIO AMEDRONTADO

A realidade das cidades desgovernadas sempre passa pelo processo de corrupção generalizada.


Um fiscal visita um empresário e ao analisar a situação de sua empresa, constata certa irregularidade, daquelas que se não forem solucionadas não fazem nenhuma diferença no mundo real. O fiscal abre o jogo e diz que a esposa anda doente, que tem gastado muito com a saúde dela e que o cheque especial está vencido. Justifica a dificuldade com o salário que diz ser pouco e assim espera que o empresário ofereça alguma ajuda, o que não ocorre. Segue a visita em clima de suspense já que o empresário é do tipo que não gosta de ser corrompido e muito menos de corromper alguém. Ai a situação se complica e o empresário dificulta a conversa de tal modo que o fiscal lhe diz que terá ele 24 horas para resolver a irregularidade e o empresário lhe diz que não pode resolver em 24 horas porque depende de outros profissionais, inclusive engenheiro, mas a resposta do fiscal é a de que vai multar a empresa ou impedir o seu funcionamento se não for cumprida a ordem. De fato, dois dias depois comparece ao local, multa a empresa e promete lacrar o estabelecimento se no mesmo prazo não for resolvida a irregularidade. E o estabelecimento foi lacrado, o que obrigou o empresário a ir à justiça conseguir uma liminar para que pudesse seguir trabalhando. O Juiz entendeu que houvera abuso de autoridade e concedeu prazo razoável. Isso é verdade e acontece em cidade do litoral norte, nos dias de hoje. O empresário disse ao Blog que tem provas de corrupção, mas não gostaria de se expor porque tem medo do tipo de gestão praticada na sua cidade, onde todo mundo tem medo de enfrentar o poder porque lá na sua terra, as pessoas que estão no poder vivem distinguindo a população colocando de um lado os que estão a favor do governo e do outro lado os que não estão a favor do governo. Dizem que quem não está do lado deles está contra, e isso causa temeridade porque perseguem as pessoas.

Segundo o empresário, sua família insiste em demovê-lo da idéia de continuar por aqui com seu negócio com tantos aborrecimentos, que vem sofrendo pela seguidas investidas dos fiscais. Tem condições de deixar a cidade, mas não acha justo fugir do que chama de picaretas públicos. Vai tentar até o final do ano que vem e se nada mudar, vai se render à pressão e vai investir em outro canto do Brasil onde haja menos discriminações, como já fizeram alguns conhecidos seus que cansaram de ser achacados.

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