segunda-feira, 3 de outubro de 2011

VÃO CORTAR A LUZ DE 150 FAMÍLIAS

Existe uma comunidade que vive em uma vila clandestina construída próximo ao Bairro Golfinhos que abriga cerca de 150 famílias. A comunidade é denominada de Recanto do Sol e já existe há vários anos, ou décadas. Como não é regularizada a iluminação residencial é também clandestina. Hoje à tarde o Blog foi procurado para publicar esta matéria de suma importância social. O Representante da comunidade de nome  Elias Antônio Pereira disse que o local foi colhido de surpresa por volta de 13 horas de hoje, 3 de outubro de 2011 por um aparato policial militar que acompanhava um funcionário da Bandeirante Energias e que avisou aos moradores que a energia que é utilizada em forma de "gato" vai ser cortada. A força policial apresentou-se sob o comando do Sargento Prior que foi quem avisou que luz vai ser cortada. O Elias disse à reportagem que a SABESP já ligou a água e os moradores já pediram à Bandeirante que ligasse oficialmente a luz, mas isso não vem acontecendo. Semana passada já houve demolições de barracos na região do Travessão, e agora os moradores do Recanto do Sol poderão ficar sem a luz que usam há tempos. 
O problema social será de graves proporções porque as pessoas estão vivendo em situação precária, mas estão vivendo com a iluminação.
Qualquer governo que tivesse o mínimo de preocupação com o social solucionaria o problema sem criar um maior. 
Enquanto isso é bom saber que no processo de número 10 de 1990 da primeira vara cível de Caraguá a justiça mandou demolir 19 apartamentos de luxo e uma garagem náutica em uma Marina irregular no Rio Juqueriquerê e há mais de dez anos que sentença transitou em julgado e ninguém demole a obra de ricos. Há inúmeros quiosques irregulares sobre a areia das praias, com banheiros jorrando esgoto na areia e não há nenhuma ação, ao contrário ainda permitem ampliações.
Elias Antônio Pereira - Morador
Os pobres estão sendo desalojados. Isso é o que se chama de choque de gestão. 
Não dá pra resolver um problema tão grave que envolve mais de 150 famílias com simples corte de energia. 
Onde estão as mil casas populares que foram prometidas?
Não dá pra defender irregularidades nas ocupações de áreas de terra, mas também não dá pra fechar os olhos deixar 150 famílias se acomodarem em uma área e depois querer resolver o problema em um golpe covarde de desalojamento abrutalhado comum nos governos burocráticos e burgueses que só atacam os pobres e ignoram os abusos praticados por ricos que até prédios altos fora do limite legal podem fazer. Fora os abusos das vendas de CDs piratas, jogo de bicho e outras aberrações muito mais prejudiciais.
Será que o prefeito está sabendo o quanto estão queimando o seu filme?

3 comentários:

munícipe preocupado disse...

Coloquei a postagem abaixo em outra notícia trazida por esse blog e vale para essa também:

Agora vamos demolir as construções irregular na praia, tais como parquinhos, quiosques, bares, marinas, etc.
Vamos ver se aqui não tem dois pesos e duas medidas ou se somente famílias humildes são proibidas de construir irregularmente.
Não quero dizer com isso que estou defendendo quem constrói de modo ilegal, mas que a lei sirva a todos!
E tem mais, quando existe uma questão social importante, no caso deixar famílias que podem ter crianças e idosos sem luz, deve-se, em primeiro lugar, conseguir um alojamento ou moradia provisórios. Simplesmente cortar a luz, apesar de irregular, pode trazer inúmeros problemas de saúde, segurança ou outros.
É um problema grave a ocupação irregular, mas onde está a equipe do urbanismo que deveria cuidar da regularização fundiária? Deixar famílias sem moradia não é regularização.
Como já afirmei anteriormante, não apoio invasões de áreas e construções irregulares, mas com bom senso e boa vontade, podemos resolver a questão.
E muito mais grave são as "ocupações" irregulares na orla das praias e margem de rios que contam com o apoio da administração municipal.

Carlito Rodrigues disse...

NEOLIBERALISMO
Tem uma música, antiga, eu não sei mais a letra, mas, o refrão eu não esqueço, é assim: “existe muita gente por aí passando fome, bem feito quem mandou votar no homem”. Há anos a população (eleitores) paulista segue elegendo defensores do neoliberalismo para governar nosso Estado.
Já passou da hora da população acordar, principalmente a camada mais pobre do Estado de São Paulo(que é a maioria) e deixar de vende seu voto. Eu digo que aquele que vende o voto, está vendendo a alma e, portanto, quando um fato lamentável como este acontece, não sabe a quem recorrer.
Um exemplo importante: O PT de antigamente, tinha seus núcleos nos bairros, onde a comunidade participava, discutia e encaminhava suas reivindicações. Quero dizer, o partido contribuía significativamente na organização dos moradores das periferias, entretanto, há muito isso virou lenda.
Porém, acredito que quando os políticos dos partidos que aí estão, se empenharem na organização das comunidades em suas localidade, problemas absurdos como o enfrentado pela comunidade do Recanto do Sol deixaram de existir.

Carlito Rodrigues

joao.roc disse...

Lamentavelmente, os empobrecidos e excluidos são obrigados a procurar e reclamar em blogs, rádios, etc. sobre os seus problemas. Não conta com apoio dos indivíduos que se intitulam de " socialistas, de oposição e de esquerda".
A moradia digna é um dos componentes para que se tenha saúde e qualidade de vida. Há mais de dois anos foram feitas as inscrições para o programa Minha Casa Minha Vida. Porém, não se ouviu mais falar no assunto. A implantação do programa poderia abrigar essas famílias. Outras cidades da região estão entregando milhares de casas para a população, exemplo: Jacarei e Pindamonhongaba.

João Rocha