sexta-feira, 7 de outubro de 2011

VEJA ISSO !...


De:
José Rodrigues Cidreira 

Salas de estabilização reforçam urgência mais próxima do cidadão


Ação permite a instalação de salas de estabilização nas unidades de saúde. Estruturas servirão para atender pacientes graves durante 24 horas por dia

Da Agência Saúde

O Ministério da Saúde lançou mais uma ofensiva para diminuir a lotação das emergências dos hospitais e trazer o atendimento mais próximo da residência do cidadão. A Saúde Toda Hora, que está reorganizando a rede de urgência e emergência do país, passou a incentivar os municípios a instalar as Salas de Estabilização (Confira portaria nº 2.338). São estruturas instaladas em unidades de saúde que atenderão a população 24 horas, em todos os dias da semana. Com uma equipe de médico, enfermeiro e pessoal técnico, prestarão assistência temporária para estabilização de pacientes em estado grave ou de condição clínica frágil provocada, por exemplo, por acidentes ou traumas – ou seja, pacientes que necessitem de cuidados imediatos clínicos, cirúrgicos, gineco-obstétricos ou em saúde mental.
 
“As Salas de Estabilização serão articuladas com a rede de atenção básica, o SAMU 192, as UPAs 24h e os hospitais, seguindo a lógica do Saúde Toda Hora”, ressalta o coordenador de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, Paulo de Tarso. O incentivo para o município é de R$ 100 mil, para a instalação da estrutura, além de uma custeio mensal que poderá chegar a R$ 35 mil. O coordenador explica ainda que essas estruturas integram os serviços de urgências com o objetivo de apoiar a assistência, garantindo um atendimento mais ágil e eficaz à população.
 
As salas possuem as funções de fornecer a retaguarda de pacientes em regime de urgência e também na Atenção Básica, realizando atendimentos e procedimentos médicos e de enfermagem em casos de maior gravidade. Os pacientes, após estabilização clínica, podem ser encaminhados diretamente para a internação nos hospitalais. A medida possibilita realizar o atendimento que compreende a complexidade clínica e traumática do paciente, o que possibilita, a partir do primeiro atendimento encaminhar a pessoa diretamente para o serviço que precisa, proporcionando a continuidade do seu tratamento. A lógica do sistema é integrado com o SAMU 192 e as outras estruturas da rede de urgência, como a UPA 192 e os hospitais.
 
RECURSOS -O Ministério da Saúde investirá R$ 100 mil por sala, a ser repassado aos municípios responsáveis pela implantação. O custeio das estruturas é de R$ 25 mil mensal. Para os municípios da Amazônia Legal, do Nordeste e das regiões de extrema pobreza o valor do custeio mensal sobe para R$ 35 mil.
 
Os estados e municípios que desejam receber o incentivo financeiro precisarão enviar ao Ministério da Saúde uma proposta de implantação, que deverá ser elaborada conforme diretrizes estabelecidas pelo Plano Regional da Rede de Atenção às Urgências. As salas poderão ser instaladas em hospitais de pequeno porte (públicos ou filantrópicos), em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou em Unidades Mistas.

Um comentário:

munícipe preocupado disse...

Mais uma vez estão trocando os pés pelas mãos. A sala de estabilização deve servir, como o próprio nome diz, para "estabilizar" o paciente antes da remoção para o hospital. Não tem função de tratamento. Um paciente grave, como diz a notícia, deve, necessariamente, ficar no ambiente hospitalar, com centro cirurgico, UTI, exames laboratoriais e de imagem. A remoção deve ser realizada o mais rápido possível.
Na verdade, o que vai acontecer é que, quando avisarem o hospital sobre um paciente grave, vão dizer que não tem vaga e que o paciente fiqua na sala de estabilização até que um leito fique vago.
O que se deve fazer é tirar casos menos graves do hospital e ter pronto atendimento 24 horas nos bairros. Dessa maneira os hospitais ficariam desafogados de excesso de atendimentos. A maioria dos caso tratados no hospital poderiam ser resolvidos com uma consulta apenas ou até mesmo com 3 ou 4 horas de observação.
Acho que estão mesmo é querendo esconder aqueles pacientes que ficam em macas pelos corredores nas salas de estabilização espalhadas por aí.
Não se enganem, achando que apenas isso vai resolver o problema, na verdade, acho que vai piorar porque pacientes graves podem ter demora em atendimentos especializados, como AVC, infarto ou um quadro hemorrágico onde simplesmente não dá para ficar fora do hospital.
As salas de estabilização (ou salas de emergência) já estão previstas na legislação há muitos anos em pronto-atendimentos, não são novidade. O que falta mesmo é que existam atendimentos com consultas 24 horas, afinal não existe hora para ficar doente.
As UBS fazem atendimento básico, com consultas agendadas. Precisamos de consultas padiátricas, clínicas e ortopédicas sem agendamento, 24 horas por dia. Com isso, 90% dos problemas seriam resolvidos sem a necessidade de hospital. Aí, sim, podemos falar em atendimento de urgencia e emergencia 24 horas por dia.
Apenas uma sala de estabilização, para casos graves não vai suprir essa necessidade.