sexta-feira, 25 de novembro de 2011

UM PROGRESSO MEIO FALSO

Cofre Público
Algumas empresas de porte respeitável se instalaram em Caraguatatuba com lojas pomposas e com força incrível de propaganda. À primeira Vista parece que todas as dificuldades dos consumidores estão resolvidas. Puro engano, porque quase nenhuma dessas lojas possui estoque na cidade e as mercadorias vêm de longe alguns dias depois da compra. Isso pode significar dificuldades numa possível complementação de piso ou azulejos, por exemplo. Pode significar dificuldade na troca de mercadoria com defeito ou diferente da foi comprada, pode significar dificuldade em relação a qualidade do produto que nem sempre é exatamente igual ao do mostruário, e acima de tudo pode-se afirmar que se a mercadoria vem de outra cidade, os impostos serão recolhidos naquela cidade de origem e não em Caraguá, com sério prejuízos ao interesse público local. O advento dessas empresas provoca maior utilização das ruas, e dos sistemas de esgoto, água, luz, tudo construído e mantido pelo povo daqui com os impostos que recolhem aqui. Ou seja, nós pagamos a conta e a outra cidade recebe os impostos sobre as vendas que são feitas aqui. Alguns podem dizer que a contra-partida seria a geração de empregos. Se essas empresas não fossem autorizadas a se instalarem aqui sem estoque e se a nota fiscal tivesse que ser emitida aqui para que os impostos fossem recolhidos a nosso favor, por certo os empresários locais poderia ocupar o mesmo espaço com muito mais vantagem para a coletividade. Alguém falou ao Blog que foi comprar azulejos em uma loja local e teve muitas dificuldades porque a empresa local que é tida como de bom potencial econômico, não tinha quase nenhuma das opções do mostruário em estoque. Ou seja o problema já começou a atingir a capacidade estocagem das empresas locais que por certo terão dificuldades para sobreviver. No campo do material de construção, assim como na área de móveis e eletrodomésticos nós estamos abrindo o espaço que Collor criticava há tempos, assim como o Lula também criticava, que é a abertura do país para importações descontroladas. A China está invadindo o Brasil, gerando empregos lá e não aqui, assim como as lojas de rede estão aniquilando o comércio local do Litoral Norte. Há diversas dessas lojas em Caraguá que só mantêm por aqui o mostruário e pede alguns dias para entregar as mercadorias que virão de fora com nota fiscal de fora e com imposto recolhido longe daqui. Será que vale a pena?

2 comentários:

augusto tannenbaum disse...

Sem dizer que o grande poder de fogo dessas redes é o marketing e não o preço. Muitos enganados pela fama de tais lojas pagam a mesma mercadoria mais caro e acham que estão fazendo um ótimo negócio.

VIVA VIDA disse...

Penso de outra forma Dr João.
Acredito que a prioridade nesse abandonado litoral seja realmente a geração de emprego.
Quanto ao impostos, dificilmente reverteria para o povo, assim como, os lucros obtidos pelos Barões de Caraguá, onde desconhecidos micro e pequenos não tem vez na prefeitura e outros orgaõs ...