quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

FIM DE ENQUETE SOBRE A APAE - INCLUSÃO ESCOLAR

Encerramos a enquete sobre a situação da criança com necessidades especiais ser ou não ser incluída na sala de aula normal e a resposta predominante foi 75% dos leitores do Blog acham que elas devem ser cuidadas na APAE, 18% acha que deve ser incluída na sala de aula regular e 6% disse não tem opinião.
Assim, a teoria dos educadores que querem ver todas as crianças excepcionais na escola regular encontra resistência no pensamento popular. Ou os educadores têm razão, mas terão muitas dificuldades para convencer a sociedade ou deverão recuar na sua idéia de universalizarem dita inclusão.
Na realidade, não dá para confundir inclusão social que visa a dar oportunidades iguais a todos com a inclusão visada nessa teoria que apesar de ser bonita, na prática pode não ser a mais adequada porque prejudica o interesse da maioria que tem o direito de receber ensino de boa qualidade e em boa quantidade.
A constituição brasileira fala que se deve tratar com igualdade os desiguais e se os desiguais nesse caso precisam de salas especiais, melhor seria ouvir a opinião pública e tratá-los de forma a criar oportunidade para que se desenvolvam sem prejuízo de todo o conjunto social que é complexo e dispendioso. Tratá-los com igualdade é considerar a desigualdade e criar oportunidades iguais não necessariamente no mesmo ambiente pois isso poderá submetê-los ao sofrimento de não conseguir acompanhar o ritmo dos demais.
Acompanhando o raciocínio da maioria massacrante das opiniões da nossa enquete, melhor seria dotar a APAE de melhores equipamentos e pessoal qualificado e dar aos nossos irmãos excepcionais as melhores oportunidades de aprendizagem sem prejudicar o desenvolvimento regular das outras crianças. Pensando melhor, poder-se-á até chegar a conclusão de que salas especiais deveriam ser criadas também na rede pública para atendimento dos alunos que tenham desenvolvimento acima da média. Os chamados gênios poderiam ser tratados de forma especial e assim a valorizar-se a genialidade.
Nivelar todo mundo pelo mínimo pode não ser o máximo em teoria, ainda que seja nobre a intenção. Os pais dos excepcionais sabem que seus filhos são especiais e mesmo em casa os tratam de forma diferenciada dos outros irmãos. É nobre ser solidário, mas... cada macaco no seu galho é o que parece desejar os leitores do Blog e nem há que se falar em preconceito porque os excepcionais são queridos por todas as pessoas e o respeito às diferenças é fundamental, sem, contudo querer igualá-los. Isso talvez seja injusto para eles. Vejam-se as paraolipíadas que são exemplo típico de respeito às diferenças porque seria extremamente injusto colocá-los no mesmo contexto dos atletas normais.
Investir na APAE, e fiscalizar as suas contas, pode ser o melhor caminho. 
Se alguém tiver alguma matéria de caráter científico, ou posicionamento diverso do que  foi postado aqui, que possa rebater esse argumento, mande para o Blog porque o tema merece debates. Não se trata aqui de posicionamento político, mas de assunto super interessante à toda a sociedade. Pode ser que a nossa versão e o entendimento dos leitores estejam equivocados cabendo aos defensores da inclusão irrestrita nos ajudar a entender melhor o tema. O debate está aberto e qualquer opinião será bem vinda.

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