sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

UMA OPINIÃO SOBRE HIPERATIVIDADE


Hiperatividade não é o mesmo que ansiedade. Uma criança com hiperatividade precisa de medicamentos, mas esse diagnóstico só poderá ser confirmado por uma equipe multiprofissional e com acompanahmento médico. A seguir, uma breve descrição da hiperatividade, ou melhor, do TDAH: Quais são os sintomas de TDAH? O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas: 1) Desatenção 2) Hiperatividade-impulsividade O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites. Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão. Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento. O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios). A) Hereditariedade: Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial). B) Substâncias ingeridas na gravidez: álcool e drogas; C) Sofrimento fetal; D) Exposição a chumbo; E) Problemas Familiares: Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo. Portanto, uma criança inquieta não pode ser taxada de hiperativa, muito menos deve tomar remédios. Em geral, elas apenas refletem uma família desestruturada.

Um comentário:

munícipe preocupado disse...

Gostaria de acrescentar que não se trata apenas de uma opinião. São pesquisadores e cientistas, com vários artigos publicados e estudos realizados que confirmam todos os dados mencionados no artigo acima.
Trata-se, portanto, de um transtorno psiquiátrico reconhecido por profissionais por todo o mundo. O que acontece é que, em geral, profissionais não habilitados "rotulam" uma pessoa de hiperativa (mais comum entre crianças)e prescrevem medicamentos onde não há necessidade.