O Brasil cresceu pouco na sua produção industrial, nestes primeiros meses de 2012. O crescimento foi de 0,2%, muito abaixo do esperado ou do necessário, mas na verdade, ainda bem que há crescimento. A economia global está em crise com base na evolução da produtividade nos paises emergentes, Brasil, India, China e Russia, que tiveram um aumento na produção industrial que o mundo não tem sido capaz de consumir depois que a Europa e os Americanos entraram em crise. A economia brasileira ainda está mais tranquila porque o mercado interno brasileiro é praticamente auto-suficiente. Nós podemos consumir quase toda a nossa produção industrial, e isso não ocorre nos demais emergentes que estão saindo de regimes de governos totalitários ou religiosos, e ainda deverão percorrer caminhos que o Brasil já percorreu, no campo do sindicalismo, da tributação, da formação de mão-de-obra. Lá eles ainda terão que aprender a lidar com greves, que quase não há mais por aqui como havia no século passado, terão que aprender a lidar com seguro desemprego, horas extras, licença maternidade, e assim vai. Atualmente esses paises trabalham em regime de quase escravidão com pouquíssimos direitos trabalhistas e assim conseguem praticar preços muito baixos nos seus produtos, à custa do sacrifício de seus trabalhadores.
A situação está indicando o rumo da dificuldade econômica na Europa, e mesmo que os Estados Unidos estejam se recuperando lentamente da crise de 2008, o mundo poderá ter que rever os limites globais da tal “globalização”. Não é fácil globalizar prejuízos.
No Brasil a preocupação é menor que na Europa e USA, mas temos que nos precaver para evitar o pior, que seria uma recessão neste momento.
Crescer 0,2% ainda mostra positividade na economia, mas deixa a situação perto do zero e bem perto de um possível índice negativo. A Dilma precisa ser muito eficiente para impedir novas quedas de produtividade da nossa indústria porque, índice negativo gera desemprego e assim a máquina começa a girar ao contrário e depois é muito difícil reverter.
Vamos torcer.
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