SOBRE A LEI DA FICHA LIMPA
Nas ruas, a pergunta que mais fazem sobre política, é se
a lei de Ficha Limpa vai mesmo valer, ou se tudo isso vai dar em nada, como sempre ocorre na história desse
país.
A lei de ficha limpa é real, está
vigendo e impede que pessoas com “ficha suja” sejam candidatas.
O fato é que nas empresas
privadas, uma pessoa que pretenda ocupar cargo executivo tem que ter curso
superior, pós graduação e MBA- (Master of Business Administration), que é a
mais recente exigência qualificadora de gestores de negócios.
Somente na política é que se
admitem pessoas analfabetas, sem nenhuma qualificação profissional e que às
vezes nem falam direito a própria língua, administrando verdadeiras fortunas em
orçamentos públicos compostos de tributos pagos pelo povo.
Além dessa permissibilidade do
despreparo, há também o risco de que
esses orçamentos possam ser geridos por pessoas de passado sujo, de caráter duvidoso
e até pessoas envolvidas em denúncias de corrupção descarada.
O voto direto, foi uma grande
conquista, mas é uma instituição que precisa evoluir muito para chegar próximo
do que os pensadores descreveram ao concebê-lo. O voto é uma arma importante
contra as ditaduras que são terríveis, mas a arma pode ser usada contra a
própria cabeça como ocorre no suicídio.
O povo de algumas regiões do
Brasil tem atirado com frequência contra a própria cabeça ao votar em gente
desonesta e de pouca confiabilidade, para depois sair pelas ruas reclamando dos
políticos e culpando a política dos tamanhos das filas, do péssimo serviço
público, da falta de transparência e da malandragem das famílias inteiras que
se alojam no poder e levam para as suas economias particulares o dinheiro público
que deveria virar saúde e educação.
Eles fraudam concurso,
superfaturam, roubam e acabam ilesos por culpa exclusiva do eleitor que os
colocou lá com seu voto livre e secreto.
Pior é que a maioria desses
malandros profissionais são velhos que viciados na escola do “rouba, mas faz”,
já deveriam estar aposentados e abrirem espaço para novas gerações, quem sabe
menos viciadas.
Nas denúncias de corrupção do Cachoeira, a maioria do réus são velhas raposas
dos palácios e das cortes. São sempre os
mesmos e a realidade mostra que o eleitor brasileiro está, com seu voto, entregando o galinheiro para a raposa cuidar.
Pior é que esses espertalhões
sabem como enganar os eleitores e com o próprio dinheiro e apoios que conseguem
no exercício do poder, compram os novos votos que os perpetuam por lá.
Esse é um ciclo vicioso que a lei
de ficha limpa pode resolver desde que a população se conscientize que votar
nos mesmos é perpetuar a política do “é dando que se recebe”.
A lei de ficha limpa diz que
pessoas com problemas de contas públicas ou de condenações judiciais não podem
ser candidatas e se a justiça eleitoral fizer o seu papel como de fato espera a
sociedade, esse ranço de sujeira deve desaparecer e o povo poderá festejar a
melhoria da saúde, da educação e dos demais serviços públicos que sofrem
prejuízos por conta da gestão sem qualidade.
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