quinta-feira, 19 de julho de 2012

A MELHOR LEI É A RESPONSABILIDADE DO VOTO


SOBRE A LEI DA FICHA LIMPA
Nas ruas,  a pergunta que mais fazem sobre política, é se a lei de Ficha Limpa vai mesmo valer, ou se tudo isso vai dar  em nada, como sempre ocorre na história desse país.
A lei de ficha limpa é real, está vigendo e impede que pessoas com “ficha suja” sejam candidatas.
O fato é que nas empresas privadas, uma pessoa que pretenda ocupar cargo executivo tem que ter curso superior, pós graduação e MBA- (Master of Business Administration), que é a mais recente exigência qualificadora de gestores de negócios.
Somente na política é que se admitem pessoas analfabetas, sem nenhuma qualificação profissional e que às vezes nem falam direito a própria língua, administrando verdadeiras fortunas em orçamentos públicos compostos de tributos pagos pelo povo.
Além dessa permissibilidade do despreparo,  há também o risco de que esses orçamentos possam ser geridos por pessoas de passado sujo, de caráter duvidoso e até pessoas envolvidas em denúncias de corrupção descarada.
O voto direto, foi uma grande conquista, mas é uma instituição que precisa evoluir muito para chegar próximo do que os pensadores descreveram ao concebê-lo. O voto é uma arma importante contra as ditaduras que são terríveis, mas a arma pode ser usada contra a própria cabeça como ocorre no suicídio.
O povo de algumas regiões do Brasil tem atirado com frequência contra a própria cabeça ao votar em gente desonesta e de pouca confiabilidade, para depois sair pelas ruas reclamando dos políticos e culpando a política dos tamanhos das filas, do péssimo serviço público, da falta de transparência e da malandragem das famílias inteiras que se alojam no poder e levam para as suas economias particulares o dinheiro público que deveria virar saúde e educação.
Eles fraudam concurso, superfaturam, roubam e acabam ilesos por culpa exclusiva do eleitor que os colocou lá com seu voto livre e secreto.
Pior é que a maioria desses malandros profissionais são velhos que viciados na escola do “rouba, mas faz”, já deveriam estar aposentados e abrirem espaço para novas gerações, quem sabe menos viciadas.
Nas denúncias de corrupção do  Cachoeira, a maioria do réus são velhas raposas dos palácios e das cortes.  São sempre os mesmos e a realidade mostra que o eleitor brasileiro está, com seu voto,  entregando o galinheiro para a raposa cuidar.
Pior é que esses espertalhões sabem como enganar os eleitores e com o próprio dinheiro e apoios que conseguem no exercício do poder, compram os novos votos que os perpetuam por lá.
Esse é um ciclo vicioso que a lei de ficha limpa pode resolver desde que a população se conscientize que votar nos mesmos é perpetuar a política do “é dando que se recebe”.
A lei de ficha limpa diz que pessoas com problemas de contas públicas ou de condenações judiciais não podem ser candidatas e se a justiça eleitoral fizer o seu papel como de fato espera a sociedade, esse ranço de sujeira deve desaparecer e o povo poderá festejar a melhoria da saúde, da educação e dos demais serviços públicos que sofrem prejuízos por conta da gestão sem qualidade. 

Nenhum comentário: