quarta-feira, 18 de julho de 2012

A ÚNICA REVOLUÇÃO AUTO-SUSTENTÁVEL É A REVOLUÇÃO CULTURAL


Os povos de todo o mundo têm experimentado vários modelos de governos e poucos povos conseguiram chegar a algum modelo razoável de gestão pública. Há países em que os políticos ocupam os cargos com a consciência de que o importante é a contribuição que irão dar no avanço das organizações sociais em busca da melhor aplicação dos recursos percebidos através da contribuição do povo, que destina aos cofres públicos valores que deverão ser revertidos em serviços de boa qualidade e em quantidade suficiente. É a chamada tributação que o Estado arrecada.
Já dissemos aqui, que no Brasil, aconteceram fatos que desvirtuaram a democracia que estava estabelecida antes de 1964, com a chegada dos militares ao poder e a imposição de uma ditadura que castrou a possibilidade de o povo fiscalizar os seus governantes. Na ocasião, em nome de suposto combate ao comunismo, as forças armadas brasileiras e de alguns outros países da America do Sul, bancadas pelos cofres do Tio Sam, decidiram impedir a contrapartida, atualmente permitida, de o povo poder fiscalizar os atos dos agentes públicos. Quem fizesse qualquer forma de crítica a governantes poderia ser preso, torturado, banido do território nacional, e até assassinado nas masmorras dos presídios secretos. Muitos brasileiros corajosos foram vítimas do sistema.
Pensando bem, fica difícil definir a quem interessaria impedir que o povo pensasse e decidisse a melhor forma de governo para a sua pátria. A guerra fria entre americanos e russos não era na realidade um problema da America do Sul, mas uma guerra de vaidades semelhante à situação de 1945 quando Hitler resolveu dominar o mundo em nome da imposição da raça ariana, que julgava ser mais inteligente. Americanos não queriam permitir o crescimento do modelo Russo de governar, e o inverso também se verificava, até nas chamadas corridas ao espaço, em que americanos e russos disputavam como no jogo de truco, quem iria chegar primeiro à lua. Pra que chegar à lua e não conseguir defender sequer as torres gêmeas? A conquista da lua serviu pra que? Claro que houve o desenvolvimento tecnológico e a ciência da eletrônica, a tecnologia de materiais, tudo valeu a pena. Mas, tudo isso poderia ter sido alcançado de forma pacífica, sem o sacrifício de muitas vidas humanas que foram envolvidas na briga das vaidades.  Loucuras de governantes sem juízo.
Dias atrás, a Presidente Dilma fez um pronunciamento na imprensa dizendo que em dez anos, de 2000 a 2010, a mortalidade infantil no Brasil baixou em 48%, ou seja, caiu pela metade.  Afirmou a Presidente que os principais fatores que contribuíram para tal, foi a redução do analfabetismo, as campanhas de controle de natalidade, especialmente a distribuição gratuita de camisinhas na rede pública, e as políticas públicas de assistência à maternidade.
Isso mostra que os governantes não podem mais ser pessoas que fazem do poder um palco para o seu sucesso, ou para os corruptos que desviam as verbas públicas de forma a prejudicar os avanços sociais.
O povo pode construir um país melhor, bastando que lhes sejam disponibilizados os instrumentos para a reforma.
Em suma, governos autoritários não são convenientes porque autoridade pode ser exercida com ternura, como dizia o Che Guevara, e a ternura é a parte do ser humano que o eleva aos níveis do grande mestre Mandela que há mais de 10 anos deixou o poder na África do Sul e continua sendo o maior ícone mundial dos ideais de política realmente social.
Nesta semana Nelson Mandela completou 94 anos, mais de 60 anos de luta em favor do seu povo e ainda consegue ser adorado pelo seu povo e respeitado pelo resto do mundo.
As eleições de 2012 estão chegando e, é hora do povo brasileiro mostrar  que aprendeu, e que, poderá escolher as melhores pessoas para governarem as suas cidades. Basta de “rouba mas faz” . Há que se fazer sem roubar.
Importante lembrar que o mundo começa pela nossa cidade, e é daqui que podemos começar a verdadeira revolução cultural, cujo patrimônio ninguém poderá retirar de dentro de nós. O conhecimento é patrimônio intangível. 

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