Os povos de todo o mundo têm
experimentado vários modelos de governos e poucos povos conseguiram chegar a
algum modelo razoável de gestão pública. Há países em que os políticos ocupam
os cargos com a consciência de que o importante é a contribuição que irão dar
no avanço das organizações sociais em busca da melhor aplicação dos recursos
percebidos através da contribuição do povo, que destina aos cofres públicos
valores que deverão ser revertidos em serviços de boa qualidade e em quantidade
suficiente. É a chamada tributação que o Estado arrecada.
Já dissemos aqui, que no Brasil,
aconteceram fatos que desvirtuaram a democracia que estava estabelecida antes
de 1964, com a chegada dos militares ao poder e a imposição de uma ditadura que
castrou a possibilidade de o povo fiscalizar os seus governantes. Na ocasião,
em nome de suposto combate ao comunismo, as forças armadas brasileiras e de
alguns outros países da America do Sul, bancadas pelos cofres do Tio Sam,
decidiram impedir a contrapartida, atualmente permitida, de o povo poder
fiscalizar os atos dos agentes públicos. Quem fizesse qualquer forma de crítica
a governantes poderia ser preso, torturado, banido do território nacional, e
até assassinado nas masmorras dos presídios secretos. Muitos brasileiros
corajosos foram vítimas do sistema.
Pensando bem, fica difícil definir
a quem interessaria impedir que o povo pensasse e decidisse a melhor forma de
governo para a sua pátria. A guerra fria entre americanos e russos não era na
realidade um problema da America do Sul, mas uma guerra de vaidades semelhante
à situação de 1945 quando Hitler resolveu dominar o mundo em nome da imposição
da raça ariana, que julgava ser mais inteligente. Americanos não queriam
permitir o crescimento do modelo Russo de governar, e o inverso também se
verificava, até nas chamadas corridas ao espaço, em que americanos e russos
disputavam como no jogo de truco, quem iria chegar primeiro à lua. Pra que
chegar à lua e não conseguir defender sequer as torres gêmeas? A conquista da
lua serviu pra que? Claro que houve o desenvolvimento tecnológico e a ciência
da eletrônica, a tecnologia de materiais, tudo valeu a pena. Mas, tudo isso
poderia ter sido alcançado de forma pacífica, sem o sacrifício de muitas vidas
humanas que foram envolvidas na briga das vaidades. Loucuras de governantes sem juízo.
Dias atrás, a Presidente Dilma
fez um pronunciamento na imprensa dizendo que em dez anos, de 2000 a 2010, a
mortalidade infantil no Brasil baixou em 48%, ou seja, caiu pela metade. Afirmou a Presidente que os principais
fatores que contribuíram para tal, foi a redução do analfabetismo, as campanhas
de controle de natalidade, especialmente a distribuição gratuita de camisinhas
na rede pública, e as políticas públicas de assistência à maternidade.
Isso mostra que os governantes
não podem mais ser pessoas que fazem do poder um palco para o seu sucesso, ou
para os corruptos que desviam as verbas públicas de forma a prejudicar os
avanços sociais.
O povo pode construir um país
melhor, bastando que lhes sejam disponibilizados os instrumentos para a
reforma.
Em suma, governos autoritários
não são convenientes porque autoridade pode ser exercida com ternura, como
dizia o Che Guevara, e a ternura é a parte do ser humano que o eleva aos níveis
do grande mestre Mandela que há mais de 10 anos deixou o poder na África do Sul
e continua sendo o maior ícone mundial dos ideais de política realmente social.
Nesta semana Nelson Mandela
completou 94 anos, mais de 60 anos de luta em favor do seu povo e ainda
consegue ser adorado pelo seu povo e respeitado pelo resto do mundo.
As eleições de 2012 estão
chegando e, é hora do povo brasileiro mostrar que aprendeu, e que, poderá escolher as
melhores pessoas para governarem as suas cidades. Basta de “rouba mas faz” . Há
que se fazer sem roubar.
Importante lembrar que o mundo
começa pela nossa cidade, e é daqui que podemos começar a verdadeira revolução
cultural, cujo patrimônio ninguém poderá retirar de dentro de nós. O conhecimento
é patrimônio intangível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário