sexta-feira, 13 de julho de 2012


 Caro João, notícias dos professores de Caraguatatuba


Caro João,
Não sei se você já está sabendo, mas neste momento a luta dos professores do município de Caraguatatuba pela aplicação correta da Lei do Piso está se acirrando. Estamos no momento contra a Secretaria municipal de educação e contra a direção do sindserv. Se possível, lhe pediria para divulgar tal luta no espaço do seu blog. Por motivos óbvios (perseguição), pediria que caso julgue importante tal divulgação, que seja feito de forma anônima.
Envio em anexo dos dois últimos materiais. Se for do seu desejo, envio os materiais passados e futuros.
Atenciosamente,
Prof. Rodolfo Martins

CARTA DE REPÚDIO À DIREÇÃO DO SINDSERV DE CARAGUATATUBA
Nós – professores do município de Caraguatatuba, reunidos na sede do Sindserv
de Caraguatatuba no dia 12/07/2012 – decidimos divulgar á imprensa esta carta de repúdio à direção
atual do sindicato citado.
Desde o início de nossa luta pela aplicação correta da Lei do Piso, reconhecemos o
Sindserv como legítimo representante dos servidores municipais. No entanto, mais do que o
sindicato, respeitamos as decisões democráticas pela base, onde os temas são discutidos e votados
pela maioria. Durante o processo de luta percebemos que a postura dos dirigentes do Sindserv é
totalmente contrária à democracia pela base.
Os dirigentes foram convidados pelo movimento a comparecer nas palestras da
Secretaria Municipal de Educação (SME), nos dias 04 e 05 deste mês. Não compareceram! Mesmo
com esta postura omissa, garantimos que nossas reuniões seriam na sede do Sindserv, como de fato
ocorreu no sábado no dia 07/07/2012. Nesta reunião os presentes deliberaram pela elaboração do
Boletim Informativo Nº2, bem como por uma comissão de trabalho*para elaborar tal proposta. Esta
comissão se reuniu na segunda-feira dia 09/07/2012, feriado estadual, onde o Boletim foi redigido.
Mais uma vez os dirigentes sindicais não compareceram para opinar sobre o caráter de tal Boletim! A
comissão de trabalho encaminhou o Boletim Nº2 ao Sindserv, que se comprometeu a imprimir e
distribuir tal material nas escolas durante a semana. O que não ocorreu!
Diante de tal acontecimento, nós, professores reunidos na Reunião Extraordinária
no Sindserv no dia 12/07/2012 às 19h, tivemos a notícia de que o Boletim não seria distribuído pelo
sindicato. O argumento da advogada do Sindserv, que estranhamente representou os dirigentes
sindicais, foi de que o presidente do sindicato Sarão, não havia concordado com o teor crítico do
Boletim Nº2.
Diante de tal fato, nós professores reunidos decidimos pela redação desta carta e pela divulgação do Boletim Informativo Nº2 à revelia do Sindserv, por entendermos que o que deve ser respeitado é a democracia de base e não a decisão autoritária do presidente do sindicato.
Ao final da reunião, em uma tentativa de manobra grosseira, a mesma advogada,representando o Sindiserv, nos informou que o Boletim já havia sido impresso e que estava á disposição do movimento, justo o contrário do que a mesma havia dito no início da reunião.
 Tal manobra foi unanimemente rechaçada pelos professores presentes, que decidiram pela distribuição e divulgação do Boletim à revelia do sindicato.
Repudiamos a maneira desorganizada e truculenta (com ameaças e mentiras) que
a direção do Sindserv tomou contra os profissionais da educação – que supostamente deveriam defender.
A luta continua!!!

Um comentário:

rodolfohistoria disse...

Obrigado pelo espaço de divulgação ao movimento. Aproveito a oportunidade para enviar uma nota de repúdio à Secretaria Municipal de Educação(SME).
"Nota de repúdio
à Secretaria Municipal de Educação
Nós professores de Caraguatatuba reunidos no dia 07/07/2012, no Sindserv, para tratar da aplicação da Lei do Piso na Rede Municipal, viemos por meio desta manifestar nossa indignação e repúdio à postura autoritária da SME durante as palestras dos dias 04 e 05 de julho que tinha por finalidade informar a categoria dos professores sobre a aplicação da Lei do Piso.
No dia 04 após a desqualificada apresentação da proposta da SME abriu-se para as perguntas e questionamentos de todos os professores presentes que não foram respondidas de forma satisfatória. Já no dia 05 foram lidas as “novas regras para condução do debate”, nestas os professores PEB-II foram excluídos, e haveria um prazo de apenas 10 minutos para fazer perguntas por escrito mediante preenchimento de um formulário. Além disso, as inscrições passariam pelo crivo da coordenadora e as intervenções não poderiam exceder o reduzido tempo de 2 minutos. Dessa forma a SME apelou para o autoritarismo e dificultou a participação democrática dos presentes, chegando ao cúmulo de cortar o som do microfone de uma professora que apresentava questionamentos, após tentar tirar o microfone de sua mão.
Divulguem esta nota à imprensa!"