sábado, 8 de setembro de 2012

UMA CRÍTICA AO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA


O QUE VEM A SER CIVISMO?

Segundo os dicionários, civismo significa amor à pátria, respeito e dedicação aos valores sociais.
O dia sete de setembro foi destacado no calendário e dado como feriado nacional, porque nesse dia comemora-se o aniversário da independência do Brasil.

Eis o que consta da enciclopédia Wikipédia:

“Denomina-se Independência do Brasil o processo que culminou com a emancipação política do território brasileiro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822), no início do século XIX, e a instituição do Império do Brasil (1822-1889), no mesmo ano. Oficialmente, a data comemorada é a de 7 de setembro de 1822, em que ocorreu o chamado "Grito do Ipiranga". De acordo com a historiografia clássica do país, nesta data, às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo), oPríncipe Regente do Brasil, então D. Pedro de Alcântara de Bragança (futuro imperador Dom Pedro I do Brasil), terá bradado perante a sua comitiva: "Independência ou Morte!". Determinados aspectos dessa versão, no entanto, são contestados por alguns historiadores em nossos dias.
A moderna historiografia em história do Brasil remete o início do processo de independência à transferência da corte portuguesa para o Brasil, no contexto da Guerra Peninsular, a partir de 1808.”

A data deve ser destinada a renovação das informações históricas que remetam as pessoas ao conhecimento da nossa história e aos sentimentos patrióticos.
Quem assistiu ao desfile em Caraguatatuba, cidade do litoral paulista, pode observar uma imensa falta de conteúdo  histórico no desfile que se resumiu na apresentação de 3.500 pessoas, era o que dizia a locutora oficial, em um desfile sem ensaio e sem nenhuma conotação patriótica.

Tinha até bonecos de carnaval sem nenhuma ligação com a data, desfilando na lamentável desconfiguração do espetáculo que deveria ser uma manifestação de nacionalismo.
O principal lamento da locutora oficial era a impossibilidade, neste ano de apresentarem em desfile a frota de veículos do município como fizeram em anos anteriores. Ela dizia que por ser ano eleitoral, infelizmente não seria apresentada a frota oficial neste ano.

Ainda bem que não desfilaram as viaturas policias, porque seria um contra-senso mostrar a força que não tem conseguido melhorar os índices de criminalidade na região. 
O que teria a ver a frota oficial de inúmeros veículos, com a independência do Brasil, se D. Pedro usava cavalo no momento histórico ali comemorado?
Do mesmo modo pode perguntar-se o que representa na história da independência do Brasil, o desfile de ônibus de uma empresa que faz o transporte coletivo na cidade e é alvo de muitas reclamações?
Mais ainda, pode destacar-se o que representa na história da independência do Brasil o desfile dos veículos do CRECI utilizados na fiscalização da atividade de corretores de imóveis no município? O que isso tem de histórico?
A falta de conteúdo histórico pode induzir ao entendimento de que se trata bem mais de uso político da data, do que de comemoração oficial da data mais importante da nossa história. Foi o dia em que um mero estrangeiro vindo de Portugal resolveu gritar às margens do Rio Ipiranga em São Paulo a frase que tornou o Brasil livre de Portugal, “Independência ou morte”.
 BANDEIRA DO IMPÉRIO DO BRASIL
Fica como sugestão para o próximo ano, ao invés desse desfile sem nada, a produção teatral do grito do Ipiranga do jeito que se faz, na semana santa, com a ressurreição de Jesus, um dos maiores patriotas da humanidade que dedicou a vida à causa pública. Quem sabe a praça de eventos poderia servir para algo mais importante?.
Será bom que no próximo ano, o desfile se dedique exclusivamente ao fato histórico que lhe dá motivo. Afinal o “Brasileirismo” é muito mais importante do que frotas de carros e outras propagandas políticas.
João Lúcio Teixeira- 08-09-2012

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