Em Caraguá há uma discussão muito estranha
em torno do único hospital da cidade, e versa sobre ser particular ou ser
público o interesse que gira em torno dele. Hoje estivemos lá, em uma visita de
cortesia e transitamos por todas as dependências.
É um enorme
contraste. De um lado uma maternidade muito bonita bem acabada e com
atendimento de primeiro mundo, justamente com a ala de pediatria, também de
excelente qualidade. Do outro lado um prédio velho, com bolores e a sem brilho
que é o prédio do atendimento de pronto-socorro. Quem entra pela parte
de trás do prédio avista um enorme complexo inacabado
com tijolos expostos ao tempo, aguardando
o prosseguimento das obras, local que será destinado ao novo pronto
socorro. Nós já sabíamos que o hospital precisa de uma cisterna com capacidade
para 200 mil litors, para armazenar água porque o sistema atual só consegue
armazenar água para um dia de
funcionamento e se o sistema de abastecimento entrar em colapso será o caos, além da ampliação da cozinha e algumas obras que
nem são tão caras que poderiam fazer do local um centro de atendimento muito
mais adequado.
Quando se sabe que
o chefe do poder executivo tem dificuldades de se relacionar com a direção do
hospital, conclui-se que o povo é quem tem pago a conta do abandono. Enquanto
isso o prefeito de São Sebastião disse em comício, que duas em cada cinco
crianças que nascem lá, são daqui e que 25% do atendimento de pronto-socorro,
também é de pessoas de Caraguá.
Se a saúde fosse
realmente prioridade seria bom.
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