IDEAL NÃO COMBINA COM NECESSIDADE
Há uma frase muito antiga que diz
que quem quiser testar um comunista convicto, oferece-lhe um bom salário.
Há inúmeros casos na história
mostrando que o idealista existe, mas em número muito menor do que se pode
imaginar.
Circulam noticias sobre pessoa
que criticava ferozmente o modelo político praticado em Caraguá, defendia o meio ambiente, criticava
o plano diretor, ingressava com ações contra o prefeito e seus atos, mas que não
resistiu a uma oferta de bom emprego.
O idealista mais respeitado nos
últimos tempos foi o Chê, que assim que seus companheiros de luta assumiam o
poder, ele se afastava sem ocupar cargos e nem receber salários.
O idealista, quando se dispõe
participar do governo que sempre criticou, achando que vai mudar o formato do “sistema”,
engana-se porque o sistema vai ser sempre o mesmo e ele, o idealista, é que vai
mudar seus posicionamentos assim que começar a ver a cor do dinheiro que vai
manchar de vez a sua conduta. Tem que saber que depois que sua honra estiver
manchada, será descartado da maneira mais vil.
O poder no Brasil, não é sério e
nem vai ser nos próximos anos, porque muitas pessoas preferem defender
interesses particulares antes de pensarem na coletividade.
Infelizmente tem sido assim, e os
falsos moralistas seguirão mudando de posição e traindo as convicções sempre
que conseguirem dinheiro, seja ela de que origem for.
Quem achar que o Presidente da
Câmara da sua cidade será um vereador escolhido pelos seus méritos, pode
esquecer porque o presidente será aquele que negociar melhor e dispuser de
maiores “apoios” financeiros.
Dinheiro, sempre o maldito
dinheiro. Quem confia em político precisa saber que poderá estar dormindo com
um amigo e acordando com um inimigo que na calada da noite foi convertido.
Deixamos uma brecha para as exceções,
quando houver exceção.
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