quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

ÀS FAVAS AS CONVICÇÕES


IDEAL NÃO COMBINA COM NECESSIDADE

Há uma frase muito antiga que diz que quem quiser testar um comunista convicto, oferece-lhe um bom salário.
Há inúmeros casos na história mostrando que o idealista existe, mas em número muito menor do que se pode imaginar.
Circulam noticias sobre pessoa que criticava ferozmente o modelo político praticado em  Caraguá, defendia o meio ambiente, criticava o plano diretor, ingressava com ações contra o prefeito e seus atos, mas que não resistiu a uma oferta de bom emprego.
O idealista mais respeitado nos últimos tempos foi o Chê, que assim que seus companheiros de luta assumiam o poder, ele se afastava sem ocupar cargos e nem receber salários.
O idealista, quando se dispõe participar do governo que sempre criticou, achando que vai mudar o formato do “sistema”, engana-se porque o sistema vai ser sempre o mesmo e ele, o idealista, é que vai mudar seus posicionamentos assim que começar a ver a cor do dinheiro que vai manchar de vez a sua conduta. Tem que saber que depois que sua honra estiver manchada, será descartado da maneira mais vil.
O poder no Brasil, não é sério e nem vai ser nos próximos anos, porque muitas pessoas preferem defender interesses particulares antes de pensarem na coletividade.
Infelizmente tem sido assim, e os falsos moralistas seguirão mudando de posição e traindo as convicções sempre que conseguirem dinheiro, seja ela de que origem for.
Quem achar que o Presidente da Câmara da sua cidade será um vereador escolhido pelos seus méritos, pode esquecer porque o presidente será aquele que negociar melhor e dispuser de maiores  “apoios” financeiros.
Dinheiro, sempre o maldito dinheiro. Quem confia em político precisa saber que poderá estar dormindo com um amigo e acordando com um inimigo que na calada da noite foi convertido.
Deixamos uma brecha para as exceções, quando houver exceção. 

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