quarta-feira, 20 de março de 2013

A TRISTE REALIDADE DAS ENCHENTES EM CARAGUÁ


Atendendo a algumas solicitações o Blog foi conferir a situação dos alagamentos na região do Morro do Algodão e Pontal Santa Marina em Caraguatatuba. Algumas fotos foram feitas para registrar a realidade da  população.
Alguns moradores que preferem ter a identidade preservada falaram que a situação atual é grave porque noutras épocas já houve inundações na região, mas a atual se mostra grave porque a chuva já parou há três dias e o alagamento não escoou.
Circula o comentário dando conta de que a obra da base de gás da Petrobrás pode ter influência no agravamento da situação. Isso não passa de comentário sem autoria reconhecida, entretanto merece uma análise tecnicamente mais adequada.
Dizem os agentes da prefeitura que a situação se agravou por conta da maré que está alta e não permite o escoamento da água para o mar.
O fato é que se houve agravamento das cheias desta vez, e isso mostra que alguma coisa anda errada por lá, que merece ser diagnosticada e trazida a público, porque poder público não pode ser secreto. Transparência é fundamental, principalmente neste caso que envolve, perdas de bens pessoais, perda de valor imobiliário, complicações da saúde pública, além de outras complicações.
Apresentaremos algumas fotos com legenda para melhor elucidar o fato.
A prefeitura de Caraguá deveria estabelecer uma programação anual de limpeza e preservação dos rios e demais escoadouros de águas pluviais, para prevenir possíveis alagamentos. Melhor prevenir do que remediar o que não tem remédio: o prejuízo dos pobres que a cada dia ficam mais pobres. Governar para os pobres é uma boa receita de gestão pública.
As obras faraônicas já podem parar um pouco em favor de mais investimentos em fatores de interesse da população. 


Para estabelecer comparação, fotografamos o rio Santo Antônio, no centro de Caraguá, mostrando o descaso  do poder público que não remove a sujeira do rio. Note-se que a mesma maré dita alta no caso do Morro do Algodão, não  gera nenhum efeito no rio Santo Antônio, situado há três quilômetros do local abrangido pela enchente.


Parece ironia, mas pode não ser. Exatamente ao  lado da ponte do centro esportivo, há uma placa informando que ali está sendo realizado um programa de reconstituição da mata ciliar. Pode ser um projeto cidadão, elogiável,  da empresa Israel Imóveis, pode ser algum projeto de recuperação ambiental por conta de ordem judicial, ou ainda pode ser algum projeto pago com verba pública. O fato é que se a margem for preservada de nada adiantará se o rio estiver morto.


Incrível: O que se vê no primeiro plano é a mureta de uma ponte que se localiza  na estrada  SP-55, em frente ao  Centro  Esportivo de Caraguá, e ao fundo, acredite se quiser, aquele matagal está cobrindo o leito do Rio da Paca, escoadouro prejudicado na região. Cadê o Rio Prefeitura? 


Uma das entradas alternativas do Morro do Algodão que assim como a principal estava  alagada após três dias de terminada a chuva. Moradores dizem que a chuva se deu no sábado e domingo e não foi tão forte para tanto.

Estação de visitação da SABESP jorrando esgoto em plena avenida de entrada do Bairro Morro do Algodão situação perigosa porque a contaminação pode ser  grave

Avenida Marginal, ao lado do posto Asa Delta, entrada do Bairro Pontal Santa Marina
três dias depois das chuvas, e o alagamento não escoa. É primeira vez que isso acontece por lá



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