Hugo Chavez, o presidente da república
mais controvertido do mundo ocidental moderno, faleceu nesta tarde por volta
das 6 horas em Caracas, depois de lutar
por vários anos contra um câncer na região pélvica. Foi eleito pelo voto do
povo, mas como sempre acontece com as pessoas que experimentam o gosto do
poder, mudou a constituição Venezuelana para se reeleger por quatro mandatos
consecutivos. No último deles, não conseguiu tomar posse por conta da doença
que acabou por tirar-lhe a vida. Mesmo doente em Cuba, logo após as eleições
cometeu a sua última tentativa de negar o retorno à democracia na Venezuela e devolver
o poder ao povo venezuelano, ao se negar a permitir que lá realizassem novas
eleições conforme dita a constituição, para o caso de o presidente eleito não
poder tomar posse. Ele estava hospitalizado, não podia tomar posse e não
permitiu novas eleições, no seu último gesto antidemocrático. Só não
foi mais longe, no seu desejo ditatorial, porque teve rejeitado pelo congresso
nacional o seu projeto de mudar a constituição para reeleger-se o indefinidamente.
Era um ditador travestido de democrata e fazia muito bem o seu papel de tal
forma que até o Lula quando presidia o Brasil posava de amigo dele. Essa,
talvez seja a maior mácula da imagem Lula que a Dilma acabou por resgatar ao
reduzir as relações entre as duas nações.
Morreu, e agora deixa a Venezuela
numa situação complicada porque o seu vice, atualmente no cargo de presidente
de forma manipulada, deverá tentar todas formas de permanecer no cargo, e
alguns analistas internacionais acham que poderão usar inclusive a força bruta
e, quem sabe, promover uma revolução “militar” daquelas que a américa latina já
conhece.
Dificilmente o grupo do Chavez irá facilitar a volta da democracia que eles
mesmos defendiam quando o elegeram pela primeira vez.
A verdade é que todo ditador
inato, acha que somente ele pode fazer o povo feliz, numa paranoia digna
do Hitler, Pinochet, Geisel, Fidel e
Cia.
Lutam por democracia quando são
governados, mas implantam a ditadura quando governam.
A velha frase, sempre oportuna: “Democracia
é eu mandar em você e ditadura é você mandar em mim”.
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