terça-feira, 5 de março de 2013

O MUNDO DÁ ADEUS AO ÚLTIMO “DITADOR” DA AMÉRICA DO SUL

Hugo Chavez, o presidente da república mais controvertido do mundo ocidental moderno, faleceu nesta tarde por volta das  6 horas em Caracas, depois de lutar por vários anos contra um câncer na região pélvica. Foi eleito pelo voto do povo, mas como sempre acontece com as pessoas que experimentam o gosto do poder, mudou a constituição Venezuelana para se reeleger por quatro mandatos consecutivos. No último deles, não conseguiu tomar posse por conta da doença que acabou por tirar-lhe a vida. Mesmo doente em Cuba, logo após as eleições cometeu a sua última tentativa de negar o retorno à democracia na Venezuela e devolver o poder ao povo venezuelano, ao se negar a permitir que lá realizassem novas eleições conforme dita a constituição, para o caso de o presidente eleito não poder tomar posse. Ele estava hospitalizado, não podia tomar posse e não permitiu novas eleições, no seu último gesto antidemocrático.   Só não foi mais longe, no seu desejo ditatorial, porque teve rejeitado pelo congresso nacional o seu projeto de mudar a constituição para reeleger-se o indefinidamente. Era um ditador travestido de democrata e fazia muito bem o seu papel de tal forma que até o Lula quando presidia o Brasil posava de amigo dele. Essa, talvez seja a maior mácula da imagem Lula que a Dilma acabou por resgatar ao reduzir as relações entre as duas nações.
Morreu, e agora deixa a Venezuela numa situação complicada porque o seu vice, atualmente no cargo de presidente de forma manipulada, deverá tentar todas formas de permanecer no cargo, e alguns analistas internacionais acham que poderão usar inclusive a força bruta e, quem sabe, promover uma revolução “militar” daquelas que a américa latina já conhece.
Dificilmente o grupo do Chavez  irá facilitar a volta da democracia que eles mesmos defendiam quando o elegeram pela primeira vez.
A verdade é que todo ditador inato, acha que somente ele pode fazer o povo feliz, numa paranoia digna do  Hitler, Pinochet, Geisel, Fidel e Cia.
Lutam por democracia quando são governados, mas implantam a ditadura quando governam.
A velha frase, sempre oportuna: “Democracia é eu mandar em você e ditadura é você mandar em mim”. 

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