quinta-feira, 4 de abril de 2013

OS RISCOS DO FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS

Uma pessoa que compra um automóvel cujo preço de mercado seja 30 mil reais, e deseja pagar em 60 meses, terá uma prestação mensal da ordem de 970 reais, valor aproximado. Ao final terá que pagar cerca de 60 mil reais, o que por si seria suficiente para se entender a exorbitância do negócio. Levando-se em conta que se a pessoa economizasse, mensalmente, os mesmos 970 reais e os aplicasse no mercado financeiro, alcançaria  o valor do carro em 2 anos e meio e poderia  comprá-lo à vista.
O mais complicado não é isso, porque o brasileiro aceita o financiamento como bom negócio. Entretanto, se o devedor conseguir pagar 10 parcelas e em seguida perder o emprego ou tiver algum incidente na família que o impeça de pagar, vai se sentir em um beco sem saída. Vai à Concessionária para devolver o carro, eles não podem aceitar porque o carro foi vendido, a concessionária já recebeu integralmente do banco, e ela vai dizer que não tem nada a  ver mais com isso. Vai ao banco e diz que não pode pagar e quer entregar o carro, o banco responde que não vende carro, mas só financia. Portanto, só vende dinheiro.
O banco vai aconselhar o cliente a deixar de pagar para que o banco obtenha, na justiça, a busca e apreensão do bem, e depois vai cobrar o olho da cara do cliente e não aceita descontar os juros lançados no ato da compra.
Quem vai financiar um carro por sessenta parcelas precisa estar seguro de que vai conseguir pagar todas as parcelas. 
Outra complicação é entregar o carro para algum amigo continuar pagando as parcelas, porque se ele não pagar pode dar até cadeia para o titular da dívida.

Nenhum comentário: