quinta-feira, 2 de maio de 2013

MAIS TRABALHO E PROFISSÃO, MENOS CRIMINALDIDADE


Ontem, mais três homicídios audaciosos em que os assassinos sacaram as armas na frente de outras pessoas e atiraram vários vezes contra alguma vítima, mostraram nesta noite de 1 de maio de 2013, o perfil violento de Caraguatatuba, cidade que vem há alguns anos figurando entre as mais violentas do estado de São Paulo. As autoridades policiais sempre repetem a mesma justificativa e dizem que são “bandidos matando bandidos”.  Se considerada válida a explicação da polícia, a cidade está produzindo mais “bandidos” do que outras cidades do Estado e a superpopulação de “bandidos” seria a responsável pelos tais conflitos e mortes. Simples.
Na imprensa internacional, o que está em evidência é a redução da maioridade penal no Brasil, defendida como solução para os problemas da criminalidade adolescente. Ligando uma coisa à outra, a geração de “bandidos” à criminalidade urbana, pode se concluir que lei e justiça, não são suficientes para impedir a escalada da violência urbana, porque se a lei já alcança os maiores de idade que praticam crimes, e eles continuam praticando, pode-se afirmar em raciocínio lógico, que mesmo vindo a ser alcançados pela justiça criminal, os menores poderão continuar no mundo do crime. A lógica mostra que se os menores forem considerados maiores para fins de responsabilidade criminal, o resultado prático será apenas mais lotação nas cadeias, e prisão não recupera.
O problema precisa ser olhado por outros ângulos, e o principal deles é a necessidade de investimentos na profissionalização juvenil e na geração de empregos e postos de trabalho.
Se Caraguatatuba, e outras cidades do Brasil, deixassem de lado a fixação por investimentos em prédios, asfalto e pontes como sendo símbolo de eficiência administrativa, e passassem a construir mais escolas do tipo “SENAI” ou criassem polos industriais, certamente teríamos menores índices de criminalidade. Nós estamos criando o que a polícia chama de “bandidos” para depois assistirmos o triste espetáculo da morte violente que entristece a vida urbana. Os prefeitos são eleitos para administrarem, acima de tudo, as vidas humanas que devem ser prioridade absoluta. Quem aprende trabalhar  e consegue o seu primeiro emprego, tem mais chances de não virar “bandido”.  Mais trabalho e profissão, menos “bandidos”, menos violência. Simples.

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