quarta-feira, 5 de junho de 2013

ÍNDIO, PRA QUE ÍNDIO?

O índio brasileiro é uma figura interessante que tem figurado nos últimos dias como protagonista na guerra entre o poder civil constituído e as instituições defensoras da causa indígena. O principal defensor do interesse indígena é a FUNAI- Fundação Nacional do Índio, criada em 1967 no governo Costa e Silva para substituir o antigo Serviço de Proteção ao Índio, criado em 1910.  A FUNAI tem atribuições de proteger a saúde, o patrimônio, território, e defende-los das ações de posseiros e predadores.
Os índios têm praticado atos de invasão de fazendas sob a alegação de que essas fazendas estariam situadas em terras localizadas dentro das áreas demarcadas como terras indígenas.
Os americanos, nas décadas de 50 acabaram com os índios a poder de armas de fogo e ainda fizeram um monte de filmes sobre o genocídio praticado por eles.
O Brasil vem convivendo com os constantes conflitos em áreas que os índios consideram suas e os fazendeiros entendem de modo diferente.
O Ministério da Justiça é o órgão responsável pelo setor e o Ministro José Eduardo Cardozo está correndo atrás das soluções com um enorme extintor que não consegue apagar o fogo.
A FUNAI acaba de perder parte do seu poder e não mais será a única instituição a elaborar laudos sobre território indígena e vai dividir os seus poderes até então, monopolizados, com outras instituições que possam contribuir com a solução do problema indígena no Brasil.
Exterminar os índios nós não podemos, mas reservar enormes áreas de mata em nome de um romantismo exacerbado, também não podemos. Os índios não são sempre santos e nem sempre demônios, mas são passíveis de serem corrompidos e isso é verificado desde os tempos em que um espelho e um apito faziam milagres. Há muita gente graúda cortando madeira ilegalmente nas reservas indígenas e vendendo no submundo da corrupção, sem conhecimento do governo brasileiro, que além de não receber impostos sobre as operações comerciais, acabava perdendo o controle sobre o desmatamento.

Enfim, a matéria não é tão simples de se resolver porque o índio não é mais aquele romântico que caçava e colhia somente o necessário pra sobreviver, não bebia pinga e nem conhecia o crack. O índio tem TV, tem posto médico, tem carro, tem roupa e não anda mais pelado. Pode estar na hora de se mudar o conceito e diante de tantos projetos de inclusão social, poderia se pensar em incluir o índio no conceito de cidadão normal. 

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