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quinta-feira, 4 de julho de 2013
OS PARTIDOS POLÍTICOS E SEUS DEFEITOS
As autoridades políticas dos mais altos escalões, estão dizendo que a democracia necessita da existência dos partidos políticos. Alguns falam que temos partidos demais, outros falam que há partidos de aluguel e há os que criticam a falta de mais partidos. A verdade é dura mais tem que ser enfrentada. A maneira de gerenciar partidos no nosso sistema político é que gera os problemas. Existem os diretórios, nacionais, estaduais e municipais de cada partido legalmente constituído e há entre eles a hierarquia que faz do nacional a mais alta instância o estadual a segunda e o municipal a última instância na hierarquia partidária. Quando se forma um diretório no município em torno de uma legenda partidária, o diretório estadual nomeia os dirigentes e publica no diário oficial a relação dos nomes dos dirigentes. O presidente municipal tem que se dirigir à receita federal e legalizar a sua situação ficando o seu CPF ligado ao partido na cidade. É como se fosse constituída uma associação de moradores, por exemplo. A diferença é que na associação de moradores os dirigentes somente podem ser depostos se praticarem atos contrários aos estatutos e quem vai decidir é assembléia geral. No partido político o diretório estadual pode a qualquer momento, sem qualquer aviso prévio, nomear uma nova diretoria e substituir a anterior sem qualquer explicação ou motivo. Geralmente esses partidos cobram uma mensalidade para manter a direção municipal, e o valor varia de um partido para o outro, numa média de 200 reais por mês, que se denomina de contribuição partidária. Quem não pagar a taxa, vai ser destituído. Além disso, se algum político rico e sedento de poder, pagar para o diretório estadual, de alguns partidos, um valor razoável, a mudança de diretório vai ocorrer mesmo que não haja nenhum motivo. Como é que se pode acreditar no valor que querem atribuir aos partidos neste país? A solução seria, acabar com as chamadas comissões provisórias, impedir a cobrança de mensalidades, já que os partidos recebem verbas partidárias do governo, e somente permitir substituições depois de um processo interno que permita aos dirigentes a ampla defesa preconizada na constituição federal. De outro modo, é o mesmo que adubar essa cultura do toma lá dê cá, de dinheiro, cargos e negociatas. Há partidos que não intervêm nas executivas e um deles é o PT, que respeita as decisões municipais. A ressalva é justa e merecida.
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