sábado, 19 de outubro de 2013

O GERALDO ESTÁ NA MIRA DO PCC

A criminalidade no estado de São Paulo vem crescendo nos últimos anos, especialmente no quesito crime organizado. A facção denominada de PCC, Primeiro Comando da Capital, existe há mais de dez anos e mostra que tem sido muito mais eficiente na organização de suas ações do que o governo no combate ao crime organizado.  O tráfico de entorpecentes é um dos mais importantes ramos de atividade do grupo, que tem também seus tentáculos no crime de roubo a carro forte, caixa eletrônico, carga, e outras modalidades.
As autoridades paulistas não conseguem neutralizar as atividades do PCC que se organiza, inclusive, dentro dos presídios, e o fato é visível nas matérias que a imprensa tem exibido.
Há, inclusive, uma oração que os membros do grupo fazem, dentro das cadeias, movimentando-se em círculos, espetáculo assistido pacificamente pelos agentes penitenciários que não dispõem de proteção suficiente para impedir o adestramento de presos que se sentem mais protegidos pelo crime do que pelo estado. Há frequentes denúncias de participação de agentes policiais em atividades criminosas, o que inclui agentes penitenciários que se deixam corromper ou por medo de represália ou por falta de caráter, o que transforma as instituições prisionais em verdadeiros guetos fechados, com leis e regras próprias que funcionam como se os presídios fossem outros estados dentro do Brasil.
Os últimos assaltos a carro forte mostraram quadrilhas compostas de mais de dez pessoas todas portando armas pesadas capazes de transformar o carro-forte em carrinho de brinquedo diante do arsenal bélico utilizado pelos criminosos.
Nos últimos dias a mídia divulgou as ameaças de morte que o crime organizado fez ao governador Alckmin do PSDB. O político diz não ter medo, mas já dobrou o seu esquema de segurança pessoal e tem se movimentado com mais cuidado.
Conversando com um policial militar da reserva, ele afirmou que há cerca de doze anos que a inteligência da polícia militar paulista vem recomendando ao governo do estado que adote providências severas em relação ao crime organizado, mas isso não ocorreu e agora, talvez seja tarde. 
Está difícil e talvez o estado não consiga mais vencer o desafio sem inúmeras perdas, o que seria mais fácil quando o esquema ainda era menor.
No Rio de Janeiro ocorreu o mesmo fenômeno, com policiais corruptos facilitando a vida do crime.
Retomar favelas, foi quase como guerra civil, que produziu muitas perdas de vidas humanas e desasossego nos morros cariocas.
Há quem fale em pena de morte para bandidos, mas matar criminosos não é permitido pela lei do Brasil que não permite sequer agressões ou espancamentos.
As polícias, civil e militar, foram contaminadas pela corrupção e pelo medo de enfrentar a criminalidade e virar herói morto. De nada adiante cobrir o caixão do policial morto com a bandeira e cantar o hino ou tocar trombetas. A vida do policial é mais importante, para os seus familiares e para a sociedade como um todo. 
Sobre a segurança pública, todo o investimento tem sido insuficiente por que o crime consegue pagar melhor do que o governo e isso atrai o interesse de muitos servidores de escrúpulo duvidoso.
A melhor solução seria parar com quaisquer investimentos nas duas polícias atuais e criar uma nova instituição, sem vícios, de tamanho menor e com inteligência e equipamento de primeiro mundo. 
Polícia não precisa de “caveirões”, mas sim de contingente inteligente e bem armado, que possa surpreender o criminoso do mesmo jeito que o criminoso surpreende a sociedade. 
Polícia truculenta já está provado que não resolve. Por enquanto o crime está vencendo e a sociedade espera que o governo consiga virar esse jogo.

João Lúcio Teixeira

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