quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A LOUCURA PRECISA DE LIMITES

Dissemos que a intervenção da prefeitura de Caraguá no único hospital era uma loucura. E foi. A Arara Azul abriu o bico para dizer que a empresa que está administrando a UPA do centro de Caraguá não vai prosseguir gerindo aquela unidade de saúde mal estruturada, e vai abandonar o barco em janeiro. Em plena temporada a cidade poderá ficar sem pronto atendimento. A informação é segura. O prefeito está estonteado com as dificuldades que esta´encontrando na saúde. O Hospital que ele tomou por conta de uma calamidade que ele mesmo criou, está sendo gerido por interventores que não conseguem a eficiência que esperavam conseguir. É bom que fique de olho na equipe que trouxe de São José dos Campos, se não vai ficar muito cara essa ocupação.
Está tudo enrolado por lá. Há mais de duzentos mil reais de impostos que não foram recolhidos após a intervenção. FGTS dos funcionários não está sendo recolhido, e pode haver paralisação dos trabalhadores que já decidiram paralisar em assembléia.
Se parar o hospital por conta de mau gerenciamento, o caos se instalará de vez no sistema.
O prefeito achava que depois de intervir no hospital encontraria empresa interessada em terceirizar os serviços, mas isso não aconteceu e ele não encontrou nenhuma organização interessada, e das três que foram consultadas nenhuma aceitou tocar o hospital de Caraguá.
Parece que o cerco está apertando e o prefeito vai ficar em grandes dificuldades nos próximos dias.
Quando eleito em 2008 declarou à imprensa, aquela imprensa, que viria governar com uma equipe de alta qualidade e daria um choque de gestão na cidade que, segundo ele, estava desgovernada. Já trocou mais de 70 secretários nesses quase 5 anos de governo e a sua equipe técnica de alta qualidade não passou nos testes.
A saúde poderá ser o calo que vai prejudicar a sua carreira política.
Pelo que sabemos a Santa Casa está se movimentando na justiça e visa a concretizar a desapropriação de imediato já que dos atos necessários à desapropriação, só falta o depósito do preço do negócio. Se a justiça entender que só falta o depósito já que o município decretou de utilidade pública para fins de desapropriação e já está na posse, o fato está concretizado, só faltando o depósito, cujo valor poderá chegar à casa dos 60 milhões de reais em curto prazo.
A situação é grave e vai se agravar mais ainda nas próximas horas, se for confirmada a chegada de auditores do Ministério da Saúde que acionados pelo Senador Suplicy depois de alguns pedidos de cidadãos de Caraguá, poderão chegar a qualquer momento na cidade para conferir a qualidade da gestão.
A saída poderá ser, ou a renúncia do prefeito diante da sua impossibilidade de colocar ordem na desordem que ele mesmo criou, ou quem sabe, o reconhecimento do fracasso e o pedido de colaboração das irmãs que ele tanto criticou e pressionou.
O povo é que não pode ficar sem o serviço, mesmo que seja do jeito que era antes da intervenção.
A lição está sendo dura demais para o Antônio Carlos, que como prefeito está sendo obrigado a reconhecer que tocar hospital não o mesmo que colocar mármores na mureta da praia.
Uma pena que a população tenha que pagar tão alto por uma gestão assim desastrosa.

Nenhum comentário: