Jovem
dificilmente consegue entender o mecanismo intrincado da atividade política no
Brasil. O mecanismo é regido por forças ocultas, segundo o velho presidente
Getúlio Vargas que na sua carta de despedida, antes do suicídio, dizia que a causa
do seu suicídio foram as "forças ocultas". Que forças seriam essas?
Claro que o empresário
industrial quer proteger o seu capital, o ruralista também, o banqueiro nem se
fala, o trabalhador deseja melhorar os salários da sua categoria e assim vai.
Fora isso, ainda existem os partidos que querem ministérios ou secretarias pra
seus aliados conseguirem verbas pra campanhas futuras, formando forças que se
não atendidas as suas reivindicações podem chegar ao extremo de assassinar, ou
depor o governante.
Antes de
todo esse complicado jogo que se apresenta depois que político é eleito, ainda
há o mais complicado jogo da eleição. Os políticos, por conta da avidez pelo
poder, prometem o que não poderão cumprir e isso gera ameaças às vezes
perigosas. É difícil encontrar um político que consegue dizer não a essas
tentações e ocupar o cargo sem esses comprometimentos.
Conta a lenda
que no Litoral Norte há um jovem político que corre um grande risco de sofrer
atentados, e está andando com seguranças armados, por ter prometido o que não
poderia cumprir a grupos perigosamente organizados.
Lá em
Sucupira se eu for candidato não farei nenhum acordo com grupos perigosos e nem
farei promessas que não possam ser cumpridas, porque eu quero continuar andando
pelas rus depois de eleito, fiscalizar as obras, visitar alguma escola e comer
a merenda da criançada de surpresa, ou sentar numa sala de aula como se fosse aluno
e assistir às aulas pra prestigiar o professor e sentir a realidade do ambiente.
Quero ir à fila dos remédios como qualquer cidadão e ver se há remédios por lá
e se o atendimento é respeitoso. Se eu for um desses promessinhas que precisam de seguranças, nunca conseguirei tamanha
liberdade.
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