Hoje, dia 25 de março de 2014 a presidente da república Dilma
Rousseff veio a São José dos Campos participar do lançamento da construção de
1700 casas populares, através do Programa Minha Casa Minha Vida do governo
federal, programa que vai beneficiar as vítimas do Pinheirinho, Como se sabe o
Pinheirinho é um pedaço triste da história brasileira, já que 1700 famílias
foram despejadas à força pela polícia paulista em obediência à uma ordem
judicial. As pessoa foram expulsas à força bruta, as casa foram derrubadas e a
terra entregue à empresa que era sua proprietária que nada construiu no local
até hoje. Podem dizer que eles eram invasores e que não tinham o direito de
permanecer por lá. Esse argumento é próprio de quem não vive o drama de não ter
onde morar. Nas questões ambientais quando algum rico preda o meio ambiente,
existe a tal da compensação ambiental, que permite a ele, ao invés de demolir a
construção em área proibida, fazer a recuperação de alguma outra área danificada.
Não poderiam fazer uma espécie de compensação com aqueles moradores do
Pinheirinho? Claro que se fosse algum ricaço que tivesse invadido para criar
gado como ocorre nas florestas brasileiras, eles não seriam despejados a toque
de fuzil e fariam algum acordo de compensação. Em Caraguatatuba existe uma
sentença em um processo de número 10 de 1992 da primeira vasa cível, que manda
demolir 19 apartamentos e uma garagem náutica construídos irregularmente nas
margens do Rio Juqueriquerê, região do Porto Novo, que nunca foi cumprida e
chegou até a sumir o processo. Os quiosques construídos irregularmente nas
areias das praias do litoral norte paulista, estão de pé mesmo com processo na
justiça visando a demolição. Hoje a Dilma devolveu aos moradores do
Pinheirinho, pelo menos o mesmo tratamento que se dá no Brasil aos ricos. Eles
vão receber as suas casas de volta com mais conforto e organização.
Se era pra fazer isso, porque o governo
paulista não fez um esforço para proteger as famílias e propor permuta de áreas
aos donos da empresa, incluir na negociação a prefeitura e o governo federal.
Certamente sairia muito mais barato do que toda essa mobilização de policiais,
tratores, pagamento de aluguéis sociais e sofrimentos. Lei é lei, mas depende
de quem esteja no lado de lá,
Impressionante o comportamento da Dilma
durante o seu discurso que durou cerca de 40 minutos, em português bem popular.
Emocionou-se chorou e deixou marcada a natureza do governo federal do Brasil
nessa era Lula/- Dilma.
Podem falar o que quiserem, mas há uma
grande diferença entre um governo popular e um governo elitista. O elitista
fixa os olhos o tempo todo na economia, nas exportações, no volume de negócios,
enquanto que o governo popular olha as pessoas e se comove com o sofrimento
delas. O Litoral Norte precisa experimentar governos populares que priorizem o
ser humano antes do saco de cimento. O balanço apresentado pela Dilma sobre
habitações populares do programa Minha Casa Minha Vida, informa que desde o
governo Lula até hoje já foram construídas cerca de 1 milhão e 700 mil moradias
no programa e a meta é completar 3 milhões.
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