Foi
inaugurado ontem o pavilhão Alfredo Galvão,
primeiro a ser restaurado do complexo Vicentina Aranha, local onde se fez
grande parte da história dos tratamentos de tuberculosos na cidade, na década
de 1920. São vários prédios localizados na área de aproximadamente 50 mil metro
quadrados, no meio das construções de prédios residenciais e comerciais, área
nobre da cidade, região do Jardim Apollo e Vila Ady Anna, próximo ao centro da
cidade.
O Sanatório Vicentina Aranha foi construído
com a participação da mulher do mesmo nome senhora da alta sociedade paulistana,
casada como senador Olavo Egídio. Ela condoeu-se da situação dos inúmeros
doentes que se dirigiam à cidade de São José em busca da cura da tuberculose, e
dedicou seus cuidados à construção do complexo que recebeu seu nome.
À época não existiam antibióticos que
foram descobertos na década de 1940, com o advento da penicilina descoberta a
partir dos estudos desenvolvidos por Fleming, que iniciou as pesquisas na
década de 1920, mas que só resultou positiva cerca e 20 anos depois.
Dona Vicentina nem chegou a ver o complexo
funcionando, faleceu antes, mas deixou um legado que agora está sendo
restaurado com verbas da prefeitura de São José dos Campos o que vem
transformando o complexo em um museu importante da história da cidade que
nasceu e cresceu em torno da doença tuberculose que encontrava possibilidades
de cura, em alguns casos, através as condições naturais, o clima, aeração,
temperatura e a tranquilidade do local que hoje abriga uma das mais importantes
cidades do país.
A inauguração foi coroada com um show do
grupo MPB4 que deu o brilho que o evento merecia. Estivemos por lá cerca de 11
da manhã e e pudemos testemunhar o que um povo sábio pode construir. História
não para ser esquecida e São José parece valorizar essa certeza.
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