Sobre a zona azul de Caraguatatuba, alguns esclarecimentos
podem ser úteis. O fato é que o sistema informatizado que estão tentando
aplicar na cidade, que não está dando certo. O motorista estaciona o veículo,
se der sorte que encontre uma das moças que trabalham para a empresa
terceirizada, por perto, ele poderá conseguir que ela receba o dinheiro e
autorize o estacionamento através do equipamento que ela traz nas mãos. Caso não
haja alguma funcionária da empresa por perto, o motorista terá que dirigir-se a
algum estabelecimento comercial que venda os tickets compra-lo e receber um
comprovante do pagamento. A empresa tem poucas funcionárias e os motoristas
acabam deixando o carro estacionado e tentam resolver depois o problema da zona.
Segundo o nosso correspondente em extinção, o Mico Leão Dourado, os comerciantes não estão dispostos a vender
os tickets porque a digitação do número da placa do veículo, fica na
responsabilidade do comerciante que se houver algum erro de digitação poderá
ter que responder pela multa porventura aplicada.
Este sistema permite a colocação de moedas na máquina e ela
imprime e entrega imediatamente um comprovante que mostra o tempo de
estacionamento que vai variar de acordo com as moedas inseridas. Um real
permite estacionamento por 40 minutos, aproximadamente. Quem cuida de
fiscalizar o sistema são os agentes de trânsito que ao observarem o comprovante
visível na parte interna do painel do veículo, poderão multar ou não.
Aquele sistema é o mais utilizado, justamente pelo conforto
e a desnecessidade de funcionários terceirizados da empresa que opera o
sistema, que não têm poder de multar, mas somente de notificar o motorista
sobre possível infração por excesso de tempo de permanência.
Caraguá parece estar sendo uma espécie de cobaia de um
sistema que, para a empresa é mais econômico quanto à implantação que não exige
investimentos a não ser a instalação das placas e pintura das guias que são
tingidas de azul.
O sistema de Caraguá parece mais econômico na implantação,
mas altamente custoso na manutenção já que exige funcionários que o sistema de
máquinas não exigiria. Claro que o fato gerar empregos merece consideração, mas
se a eficiência do serviço fica comprometida, o interesse que deve prevalecer é
o do motorista e não da empresa.
Quando elegermos o prefeito de Sucupira, cidade a 180 quilômetros da
capital do estado, eu vou fazer grandes modificações no sistema. Primeiro passo
será reduzir abrangência da zona ao mínimo de ruas necessárias ao bom
funcionamento dos serviços mais procurados como bancos, comércio, hospitais e
clinicas. A zona azul de Sucupira não será somente para arrecadar dinheiro, mas
para disciplinar o trânsito A nossa prefeitura s
Sucupirense vai comprar
as máquinas e instalá-las somente nas ruas mais movimentadas. Motocicletas
não vão pagar para estacionar, e os idosos e deficientes estacionarão
gratuitamente. O serviço público não é para dar lucros a empresas particulares.
Os donos de automóveis não podem se tratados como se fossem
bandidos para suportarem a tantas formas de repressão e multas. Porquê não
cuidam das bicicletas como cuidam dos carros? Bicicleta
é uma bagunça no meio
da cidade levando sérios riscos de atropelamento, com gente na contra-mão, pilotando
bicicletas com celular no ouvido, crianças mal acomodadas, bicicletas com freio à base do chinelo, mas essa modalidade
de transporte não é incomodada pelo setor de trânsito da cidade,
certamente porque não dá lucro.
Agora, esse sistema complicado de zona azul que não está
funcionando bem e o prefeito, ao invés de conter a expansão do serviço,
pelo menos até que seja bem implantado, está autorizando a implantação em
muitas ruas que vão sendo incluídas a cada dia.
O município de Caraguatatuba, está andando para trás, na saúde,
no trânsito e no sistema de governo que é antiquado e pouco eficiente.
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