terça-feira, 1 de julho de 2014

O BRASIL TEM JEITO E O JEITO É VOTAR DIREITO

As eleições de 2014, no Brasil permitirão ao povo a escolha de seus representantes nos cargos de governadores, deputados federais, deputados estaduais, presidente da república e senadores. Os últimos acontecimentos deixam a impressão de que possa ser essa uma eleição menos injusta do que as anteriores, tendo em vista que estão proibidas algumas práticas que favoreciam os candidatos mais ricos. Foram proibidos os painéis de grande tamanho, as placas em casas particulares, envelopamento de veículos, cavaletes em vias públicas, brindes de quaisquer espécies como camisetas, chaveiros e etc. A visibilidade do candidato vai ser possível somente através de cabos eleitorais e do horário político no rádio e televisão.
Do outro lado, a divulgação poderá ser injusta no caso de cabos eleitorais pagos com o que os candidatos de menor poder aquisitivo não conseguirão equilibrar as forças. Se existe a possibilidade de se ter cabo eleitoral em qualquer quantidade, do outro há a possibilidade de controle dos abusos pelo próprio eleitor que conta com uma imensidão de telefones celulares para filmagem e gravação de possíveis atos abusivos.
No próximo dia seis de julho serão disparados os primeiros movimentos em direção às urnas, e quem conseguir aproveitar melhor os seus recursos poderá sair vencedor.
Há notícias de candidatos a deputados que estão contratando vereadores para ajuda-los a convencer os eleitores, e em algumas cidades os vereadores estão vendendo o seu prestígio por verdadeiras mixarias, como quinze mil reais, por exemplo para apoiarem pessoas desconhecidas ou até candidatos com histórico de passado sujo. Os vereadores que se vendem, são os mesmos que se vendem o tempo todo em troca de propinas vergonhosas que aniquilam a moralidade das eleições. São os políticos sem caráter que estão no poder porque não conseguem viver de outra forma. Não têm profissão, não têm princípios e nem vergonha suficientes para saberem que o importante é o povo e não o dinheiro. Dá nojo. Tomara que os eleitores usem dos seus celulares para registrar essa vergonha e quem sabe, levar algum desonesto para a justiça decidir sobre o destino deles.
Os vereadores deveriam estar preocupados em respeitar a orientação partidária ou a vocação daqueles que votaram neles, mas não, nada disso importa se algumas moedas sujas tilintarem à sua frente. O pior é que os compradores de voto e de apoio sabem que com essa forma suja de convencimento eles acabam conseguindo se eleger e depois vão roubar o dinheiro do povo com as manobras das notas frias, do superfaturamento e de outras formas de safadeza que usam para recuperar a propina que deram aos porcos dos porões do podre poder.
O Brasil está como uma árvore repleta de parasitas, daquelas plantas sem vida própria que vivem sugando a seiva da planta sadia até leva-la à asfixia. As doenças que acometem o Brasil são o tráfico de drogas ilícitas e a corrupção. A corrupção mora nos palácios e sugam a saúde financeira do estado de forma impiedosa. Cada um quer saber o que vai levar nos bolsos. A pergunta do safado da política é sempre a mesma: “o que eu levo nisso ?”. Pior é que a gente ainda encontra eleitores que usam o mesmo discurso nojento quando algum candidato lhe pede o voto. Depois que elegeram um pirata qualquer ligam para as rádios reclamando que não conseguem vaga no hospital (pra não esquecer do hospital), que não conseguem vaga na creche, na escola, que a polícia não funciona, que não há emprego, e assim vai. Votam no primeiro bandido que aparece ou que alguém lhe indica, de graça ou pago, e depois reclamam do poder. Ainda mais grave, é que vão reclamar sempre em alguma rádio ou jornal que também faz parte do mesmo sistema sujo.

As eleições de outubro próximo podem permitir aos brasileiros o começo de uma recuperação da qualidade, não do político, mas a qualidade do voto. Quem vende o voto, ou dá de graça a algum bandido, entrega a alma ao demônio e vai parar no inferno. O Brasil tem jeito, e quem pode encontrar o jeito é o eleitor na hora da privacidade da urna.

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