segunda-feira, 15 de setembro de 2014

MARINA E DILMA DISCUTEM A INDEPENDÊNCIA DO BANCO CENTRAL DO BRASIL

 O Banco Central do Brasil - BCB tem como missão institucional a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro. As infraestruturas do mercado financeiro desempenham um papel fundamental para o sistema financeiro e a economia de uma forma geral. Seu funcionamento adequado é essencial para a estabilidade financeira e condição necessária para salvaguardar os canais de transmissão da política monetária. Assim, cumpre ao BCB atuar no sentido de promover sua solidez, normal funcionamento e contínuo aperfeiçoamento.

Em tese, o sistema financeiro não deveria estar subordinado a interesses político eleitorais, porque se o Brasil é um país de livre economia de mercado, que se equilibra ou não, segundo a lei da oferta e da procura, onde o mercado é que orienta as ações do Banco Central. Ter ou não ter inflação, é atribuição das políticas monetárias cujos parâmetros são resultantes da matemática financeira e não dos decretos governamentais. O poder executivo exercido pelo presidente da república, tem interferido no sistema financeiro e isso pode tornar a confiabilidade do sistema da livre iniciativa, e do equilíbrio matemático, um instrumento político eleitoral perigoso segundo a vocação do presidente da república. Quando a Marina defende um Banco Central independente, ela quer dizer que o presidente da república não deveria poder intervir nas políticas econômico financeiras, que se definirão pelos simples cálculos matemáticos. A Dilma está afirmando que a Marina quer com a defesa da independência do BC, entregar aos banqueiros o controle do sistema financeiro. Atualmente os Bancos são o setor de maior rentabilidade no mundo econômico brasileiro, e os balanços dessas instituições mostram resultados exorbitantes, auferidos com juros extorsivos, nos cartões de crédito ou no cheque especial, e o Banco Central não interfere nessa injusta relação entre o povo e os bancos comerciais. Os bancos estatais seguem a mesma linha de exploração do povo. Os empréstimos aos aposentados consignados na folha de pagamento é um dos piores exemplos  de favorecimento aos bancos que têm nesses casos, risco zero de perdas por inadimplência. Colocaram o povo aposentado nas mãos dos banqueiros.
Não quero com este comentário, dar razão a um ou a outro posicionamento das candidatas, mas que as políticas monetárias precisam ser livres das razões eleitorais, não há dúvida.
Para equilibrar o sistema é que existe o Conselho Monetário Nacional, órgão competente para deliberar sobre as políticas monetárias a serem implementadas pelo Banco Central.
Um Banco Central livre e independente poderia desagradar a algum governante que sentisse dificuldades eleitorais se não conseguisse manipular índices.
Na verdade, a necessidade de voto não irá conviver pacificamente com a necessidade de se tomarem medidas fortes para conter possíveis distúrbios do sistema econômico.

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