segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A PERGUNTA É

Será que o Aécio vai dificultar a vitória da Dilma?
Essa indagação acontece a todo momento pelas ruas e a resposta é meio complicada. Os votos da Marina, para onde irão? Votam no PT ou não votam os eleitores dos partidos nanicos?
Quem tem juízo pode ter muita cautela ao analisar o quadro que não parece tão definido. O Aécio não deveria estar  no segundo turno segundo alguns analistas, mas está, e ultrapassou a Marina bem na reta final. Há quem diga que os debates na imprensa é que vão definir o quadro final, cabendo a cada candidato o mesmo tempo de 10 minutos de televisão e rádio. Se a Dilma estiver nos seus melhores dias, quando dos debates, poderá ser vitoriosa, mas o Aécio está bem assessorado e para o lado de lá, o do capitalismo, moedismo, economismo, emprendimentismo e outros ismos, o Aécio é a melhor solução. Seu discurso vai ser o do desenvolvimento econômico e empresarial com a finalidade de progredir as empresas para que elas gerem empregos. O inverso do discurso do Lula que falava em melhorar a vida do trabalhador para que ele se transformasse em consumidor e assim gerasse mercado para o consumo dos produtos nacionais, o que no final da linha resultaria em novos empregos e salários. São focos diferentes, e se a Dilma conseguir mostrar essa faceta do conceito de governo do PT e de outros partidos considerados de esquerda poderá convencer os pobres e trabalhadores de que a sua vitória é mais conveniente. O fato é que o debate na TV poderá decidir a eleição que não parece estar definida. O que seria melhor para o Brasil?  Parece que o melhor seria que as empresas progredissem e que o trabalhador fosse beneficiado diretamente pelos resultados de uma economia crescente, com distribuição justa de rendas e de oportunidades para todas as classes, que não houvesse fome, nem miséria, nem grandes diferenças sociais, com o pobre não tão pobre e os ricos não tão ricos, com os bancos lucrando menos, e os governos menos inchados e caros.
Afinal, uma parte do discurso do Aécio pode ser aproveitada, mas uma grande parte do discurso da  Dilma é fundamental. Sem empresas não há emprego e sem consumidor ou sem trabalhador qualificado, não há lucro na empresa. Uma coisa vive em função da outra.
Assim, o melhor seria uma via inteligente que respeitasse a iniciativa privada mantendo a possibilidade do investimento, e do outro lado um trabalhador bem pago, e com possibilidades de ver seus filhos formados, com saúde e com segurança. O governo deve ser de todo o povo e nunca de um pensamento partidário ou de vertente filosófica porque o povo que passa fome não quer saber a cor da camisa do presidente. Os Titãs já diziam neste trecho da letra da música "Comida"

"A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer
A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Pra aliviar a dor "
O povo brasileiro já descobriu que pode ser mais, pode querer mais e pode ter mais, e agora que despertaram nele essa possibilidade de viver melhor ele vai cobrar nas urnas o seu crédito.

Nenhum comentário: