quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O PODER É DO POVO E NÃO DOS MEDÍOCRES

São dois os mundos a serem harmonizados na vida de cada pessoa que vive em coletividade. O mundo pessoal que é composto dos caracteres da personalidade de cada indivíduo, e o mundo externo que se compõe de pessoas e coisas com as quais o indivíduo irá se relacionar. A harmonia entre esses dois mundos é fundamental para que o indivíduo consiga encontrar o seu lugar no mundo, viver em paz, e disseminar a generosidade.
As pessoas que não conseguem harmonizar esses dois mundos, acabam em conflitos consigo mesmas e com os fatores que compõem o seu entorno.
O ser humano ideal é aquele que consegue entender a si mesmo e colocar-se equilibradamente diante dos fatores e fenômenos que ocorrem à sua volta. Isso não quer significar que se deva permanecer inerte ou apático ante os obstáculos do cotidiano, mas que se deve superá-los sem estresse e com total compreensão de que os obstáculos podem ser considerados como instrumentos de revigoramento das nossas forças e resistências. Cada dificuldade pode servir tanto para desestimular a caminhada, como para fortalecer as pernas e nos fazerem mais resistentes nos passos futuros.
Há na coletividade indivíduos de todas as vocações, sendo uns que só reclamam e nada fazem para se fortalecerem, há os que reclamam, mas agem, e os que não reclamam mas se esforçam e conseguem viver sem grandes dificuldades, porque olham os problemas com olhar técnico e os eliminam, deixando mais fáceis os passos seguintes.
No momento em que se definiu, lá atrás, que o homem viveria melhor se o fizesse em grupos, encontrou-se a fórmula mais duradoura de sobrevivência da espécie humana que, em “sociedade”, vem buscando soluções coletivas para as dificuldades da vida na terra.
O homem se juntou a outros homens e juntos estão tentando construir um estado igualitário que permita oportunidade igual a todos, que tenha soluções que permitam a todos os membros da sociedade a possibilidade de vida melhor.
O resultado seria maravilhoso se todos se considerassem iguais, se conformassem com pequenas diferenças, e aproveitassem os recursos, tanto os naturais como os artificiais para evoluir a espécie humana como um todo, mas nunca somente em favor de alguns grupos como, por exemplo os grupos familiares. Depois de tantas lutas ainda avistam-se, na sociedade, pessoas que querem resolver os problemas de suas famílias e amigos e para tal se aproveitam dos recursos gerados com o esforço de todos para revertê-los em favor de seus apaniguados. Tem pais que sabem que seus filhos não merecem grandes oportunidade porque não passam de criaturas medíocres, mas ainda assim, o papai acha que seu filho inútil deve ser o médico, ou engenheiro, ou o advogado, e até o prefeito ou governador de tantos que poderiam ser muito mais competentes se tivessem chance. São os chamados grupos seletos de falsos virtuosos que de mediocridade em mediocridade vão se aproveitando da inércia e da boa-fé do ser contribuinte.
O eleitor brasileiro precisa aprender a isolar esses malfeitores que andam enchendo os palácios de mentecaptos, idiotas, bêbados e tarados, que ocupam cargos que deveriam ser ocupados por pessoas que tivessem noção da importância da evolução coletiva da espécie humana.

O homem individual tem conseguido ocupar postos que deveriam ser oferecidos exclusivamente aos homens coletivos que conseguissem olhar a sociedade como um grupo de pessoas que desejam viver melhor e não olharem o poder como um bom negócio. Esses facínoras da corte, precisam ser extirpados do ambiente público em favor do ser coletivo que deverá vir em breve para fazer do poder público um gerador de oportunidades de vida digna para todos e não somente para os safados travestidos de gente boa que mal conseguem ler um texto bem simples da bíblia ou de qualquer livro importante, mas que se especializam em ladroagem pública e saem se dizendo grandes administradores. Pior é que tem quem apoia e elogia a tal da canalhice oficial e ajuda a engrossar as fileiras da mediocridade que Olavo Bilac e Rui Barbosa já condenavam.

"A ocasião faz o roubo. O ladrão já nasce feito." - Olavo Bilac

Entregar o poder nas mãos de ladrões através o voto direto e secreto é permitir-se ser roubado. 

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto" -  Rui Barbosa.

Ter vergonha do próprio voto, é burrice absoluta de quem entrega o poder a um qualquer e depois tem vergonha do que fez.

João Lúcio Teixeira

(Permitida a reprodução se citada a fonte)

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