Nos meus muitos anos de prática
política, tenho convivido com os mais diversos conceitos de estado. As opiniões
variam desde a esquerda mais ortodoxa que acha que os meios de produção
deveriam ser todos estatizados, até a vertente mais à direita que entende que
quem tem dinheiro manda e quem tem juízo obedece. Quem olha com respeito a
posição de cada um, acaba verificando que em todas as vertentes há pontos
positivos e pontos negativos. A grande sacada seria a utilização prática de
tudo que o capital tem de bom misturado com tudo que o trabalho tem de positivo
e fazer uma enorme vitamina de frutas, bem adocicada, palatável e nutritiva. A
briga entre o capital e o trabalho, é como a briga entre a ciência e a
religião, ou entre o preto e o branco, cujas finalidades é motivar o ser humano
a ter do que falar. O que seria do Corintiano sem o Palmeirense, ou do bonito
se não houvesse o feio para lhe comparar?
Em política, o ideal é que os
governantes e parlamentares se orientassem exclusivamente pelo interesse das
coletividades, sem se preocuparem com grupos ou facções e, imbuídos do melhor
espírito de paz social realizassem a evolução de cada ser humano por eles
governado. Que ao invés de excluir de seu governo aqueles que pensam diferente,
buscassem unir as forças em favor da construção de um futuro maravilhoso para
cada criança que vem crescendo e que vai precisar de uma profissão honesta e de
um emprego ou posto de trabalho.
Gastar todas as rendas públicas
em obras de engenharia é uma maldade imensa que retarda o desenvolvimento das
pessoas que, sem conhecimento e nem qualificação vão viver de favores ou da
venda de votos. Se eu fosse dono de uma dessas canetas que decidem onde
investir o dinheiro público, eu aplicaria um tanto em obras de cimento e outro
em construção de seres humanos melhores. Se o ser humano for mais bem preparado
e nutrido de conhecimentos, ele vai construir nações, mais bem dotadas de moralidade,
eficiência e competência, porque um povo "burro" faz um país
"burro", com violência urbana, filas na saúde, educação deficiente, e
será conduzido por políticos também "burros" sem educação, sem moral,
sem competência, mas altamente enriquecidos à custa da corrupção, o que lhes
permitirá até serem tratados de "excelência". Conclusão: Uma
excelente burrice generalizada.
Investir no ser humano, nos
professores, nos trabalhadores, na produção e distribuição justa de rendas, é
construir o futuro das coletividades, sejam elas de esquerda ou de direita,
porque se o ser humano evoluir na aquisição de conhecimentos e no seu senso de
coletividade, todos seremos um só e a felicidade será geral, ampla e
irrestrita. Política não é brinquedo, mas ciência da melhor essência e daqui
pra frente terá que ser exercida por quem se disponha estudá-la profundamente,
e se preparar para governar com sabedoria e não com simples intuição ou
empirismo. Os malandros bons de voto, que se meterem na política, com essa
legislação severa e as polícias e ministério público atentos, vão parar todos
na cadeia e vão perder o patrimônio no monte de processos que irão responder.
Esse povo esperto precisa saber que já não há mais lugar para curiosos no
poder. As empresas privadas são administradas por gente com altíssimo nível de
estudo, pós graduação, especializações e MBA, enquanto que as prefeituras, em
alguns casos são administradas por idiotas sem instrução, sem moral e sem
competência que mesmo cheios de processos na justiça e que ainda se acham
sumidades. O mundo está mudando e o povo vai acabar entendendo que o voto é um
verdadeiro rifle AR-15 que pode exterminar essa geração de malandros, do meio
político. Salvem-se as honrosas exceções, e aos que não se enquadram no perfil
dos burrinhos bons de votos, os nossos respeitos.
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