Há na imprensa alguns membros que ao invés
de analisarem os fatos importantes, acabam tomando partido contra ou a favor de
algo que nem sempre conseguem justificar. É o caso específico dos movimentos
sociais que alguns dizem ser coisa de vândalos ou de bandidos, sem nem mesmo se
preocuparem com o fundo das questões que motivam tais ações populares. Imprensa
safada e desonesta acaba ajudando a enganar o povo.
O fato é que os governantes não podem simplesmente
fazer o que quiserem com as coisas DO POVO que paga impostos e tem o direito de
exigir dos governantes comportamentos que condigam com seus anseios e não do interesse de grupos econômicos.
A relação dos prefeitos com empresas de
ônibus no Brasil é de uma promiscuidade inaceitável, porque essas empresas
acabam pagando contas que não têm nada a ver com o custo do transporte e através
de cálculos mirabolantes chegam a valores de tarifas que são absurdos. O
sistema de cálculo que leva em conta o número de passageiros e os custos ou
despesas das empresas, tem que ser transparente e claramente mostrado aos usuários,
mas isso nunca ocorre e nem se sabe ao exato quantos passageiros são
transportados para fins de cálculo de tarifa. Prefeitos desonestos, vereadores
desatentos ou corruptos, costumam formar o universo de discussão dessas
questões em nome da população. Quem garante que os vereadores e prefeitos
estejam fazendo exatamente o que o povo faria se estivesse na mesa de
negociação?
Essa é uma grande caixa preta fechada a
sete chaves que o povo nunca tem chance de saber ao exato o que é levado em
conta nessas mesas noturnas de negociações a portas fechadas.
O dever da imprensa é ficar ao lado do
povo ou então neutra, mas nunca ao lado da corrupção, sob pena de ser chamada
de imprensa marrom ou imprensa “safadista” como diria o Odorico Paraguaçu. Abrir
a caixa preta é fundamental.
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