Hoje, em pleno dia de domingo o governo de São Paulo e a
prefeitura da capital realizaram uma operação de retirada dos dependentes químicos
que estavam ocupando parte da Praça Princesa Isabel depois que foram banidos da
“cracolândia” onde permaneceram por vários anos usando drogas diariamente.
Disse o prefeito Dória que a “cracolândia” tinha acabado, mas ficou provado que
ela apenas mudou de lugar. Em princípio as autoridades paulistas escolheram o
caminho mais complicado de lidar com o problema porque os viciados que viviam naquele
local, são extremamente vulneráveis, estão enfraquecidos tanto
psicologicamente, como fisicamente, como socialmente. São pessoas que não têm
nada a perder, enquanto que os traficantes que os abastecem têm a perder.
Parece que o mais correto seria impedir que a droga chegasse
até eles que naturalmente seriam desestimulados a permanecerem em um local onde
os seus desejos não fossem satisfeitos. Atacar a quem não tenha como se
defender é no mínimo ato de covardia social.
O governador é o chefe da polícia civil e da polícia militar,
mas a civil que poderia estar localizando através processo de inteligência os
traficantes e suas rotas, nem aparece no processo de repressão à cracolândia.
Porque será?
Fica claro que tudo o que incomoda aos ricos deve ser
combatido a qualquer custo e a corda sempre arrebenta nos mais fracos. Vide a reforma
da previdência e a reforma trabalhista que também atingem aos mais fracos. É mais
fácil derrotar um fraco.
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