REGIÃO
Jornal O Vale
Março 17, 2011 - 09:35
LETÍCIA FRANCO
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Cerca de três mil trabalhadores da unidade de gás da Petrobras de Caraguatatuba estão em greve desde a manhã de quarta-feira. Eles reivindicam melhores condições de segurança, como o pagamento do valor de 30% de periculosidade -- atividades de risco, pela lei, são as que envolvem inflamáveis, explosivos, eletricidade ou radiações.
Segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil, Marcelo Rodolfo da Costa, parte da obra está sendo concluída e, com isso, o gás passa em todas as tubulaçãoes, tornando-se perigoso para todos os funcionários. "A Petrobras só está pagando esse valor para os funcionários que estão mais expostos ao trabalho de risco, mas na verdade todos estão. Então os trabalhadores querem receber o dinheiro", afirmou.
Hoje será realizada uma reunião entre a Petrobas e trabalhadores para chegar em um comum acordo. "Estão aguardando a chegado do gerente da Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA) e esperamos que atendam às necessidades dos grevevistas", disse Costa. Procurado até o momento, ninguém da Petrobras foi localizado para comentar o assunto.
Retrospectiva. A refinaria tem mais de dois anos de obra e a previsão de conclusão é para julho deste ano. Em maio do ano passado, houve uma greve de reivindicação por reajuste de salário e de segurança. Após a greve, o Tribunal da Justiça do Trabalho fez uma interdimediação e empresa atendeu às necessidades.
NOTA NOSSA: Periculosidade é direito do trabalhador desde que haja um laudo que afirme estarem os trabalhadores expostos a riscos. Se há laudo é dever do empregador pagar a periculosidade e se não houver laudo não há a obrigação. Esse ponto não foi esclarecido na matéria que está rolando na mídia.
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