O prefeito de Caraguá Sr. Antônio Carlos da Silva, esteve presente na abertura da segunda audiência pública do Plano Diretor, no auditório da FUNDACC, na sexta-feira dia 25 de março, e na ocasião, disse que é a favor da liberação de edificações de prédios altos na cidade, mas afirma que não tem nenhum interesse pessoal nisso; que não tem lucro nem prejuízo com a aprovação ou rejeição dessas construções. Entretanto quando entrevistado no Jornal Regional da Rádio Caraguá FM, disse que se não for permitida a construção de duas vagas de garagem por apartamento, a venda dos prédios será dificultada. Ora, se não tem interesse nessa questão porque facilitar ou dificultar a venda de apartamentos? Esse não é o papel da prefeitura que precisa se preocupar é com a urbanidade das construções e não com a comercialização mais fácil ou mais difícil.
O discurso acabou traindo a afirmação de que não tem interesse pessoal no tema que parece estar sendo "patrocinado", leia-se induzido, ou orientado pelo seguimento econômico da construção civil e dos corretores de imóveis.
Se o prefeito não tem "interesse" pode perfeitamente respeitar as manifestações das organizações populares, ONG Olho Vivo, Instituto dos Arquitetos do Brasil e Agenda 21, que não querem a liberação dessas edificações tal como estão fazendo as demais cidades da região. Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela não liberaram essas construções por conta da preocupação com a infra-estrutura insuficiente para uma densidade populacional exacerbada.
Afinal, crescer não é sinônimo de desenvolver. Quem quiser morar numa cidade com muitos habitantes, já tem a opção de morar em São Paulo sem necessidade de fazer de Caraguá uma metrópole contrariando a vocação regional. É a opinião do Blog.
2 comentários:
Em entrevista a TV Vanguarda, o secretário adjunto de Urbanismo tb revelou que o interesse é pela área da Fazenda Serramar, onde seriam permitidas as construções com o maior nº de pavimentos. Aí está o alvo da investida desse Plano Diretor, todo complexo e muito carregado de obras, principalmente viárias. Penso que a intenção é usá-lo como moeda de troca - "Deixamos a cidade como está e em contra partida aprovamos as construções com maior nº de pavimentos no 'Centro Novo' de Caraguá".
O pior é que não deixam a cidade como está. Um maior número de pavimentos está presvisto em TODA a cidade, sem contar com os 2 sobresolos de garagem (só não vale na Tabatinga, onde um dos participantes da elaboração do plano mora). E imaginar um "novo" centro para Caraguá é, na verdade, um delírio. Os costumes e tradições da cidade não foram sequer levados em consideração, apenas a fome dos especuladores imobiliários.
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