quarta-feira, 26 de outubro de 2011

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VAI INVESTIGAR MINISTRO DOS ESPORTES

Brasília, 25 out (EFE).- O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou nesta terça-feira a abertura de um inquérito para investigar as suspeitas de irregularidades envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva, e seu antecessor, Agnelo Queiroz, atual governador do Distrito Federal.
A decisão, tomada pela ministra Carmen Lucia Antunes, significa que o STF irá investigar todas as denúncias que o ex-policial João Dias Ferreira apresentou contra Silva e Queiroz. Ambas as autoridades do Governo são acusadas de terem feito desvios milionários de dinheiro público na pasta de Esporte.
Orlando Silva - que assumiu o Ministério em 2006, ainda durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, foi ratificado pelo Governo Dilma Rousseff, que na última sexta-feira decidiu manter o cargo do ministro, apesar das denúncias.
Segundo o ex-policial, Orlando Silva e Queiroz estão envolvidos em irregularidades registradas sobre o programa Segundo Tempo, que fornecia dinheiro para manter inúmeras ONGs voltadas ao atendimento de crianças das classes mais pobres através da prática esportiva.

De acordo com as denúncias, o programa Segundo Tempo teria desviado cerca de R$ 40 milhões para diversos fins, que iriam desde enriquecimento ilícito até o financiamento ilegal de políticos do PCdoB, mesmo partido de Orlando Silva.
As irregularidades teriam começado durante a gestão de Queiroz como ministro do Esporte, por isso a investigação também pretende abranger esse período.
Apesar de Dilma ter mantido Silva no cargo na última sexta, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse no último domingo que essa decisão "não é definitiva".
Carvalho disse que a presidente aguardará alguns dias para decidir o caso. Essa decisão, segundo ele, terá de ser tomada com calma e atendendo aos princípios da defesa e a presunção de inocência.
Silva é o quinto ministro acusado de corrupção desde que Dilma assumiu o poder, em 1º de janeiro. Desde então, diversas suspeitas de irregularidades derrubaram os ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo).

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